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Tempo de Natal

Reflexão: Pe. Mundinho

Celebramos na liturgia cristã católica as festividades do Natal. O Natal, semelhante ao Tempo Pascal, tem um período de introdução, ou seja, preparatório, seguido da festa e o pós. A preparação do Natal nós chamamos de Advento. Ele se dá em quatro semanas com uma reflexão apropriada para o tempo, com leituras que prepara o fiel para celebrar o grande momento do Mistério da Encarnação.

O Natal é acompanhado de várias tradições seja no folclore (o Papai Noel), nos enfeites, na gastronomia, na espiritualidade, nas cores, nas celebrações. É um costume salutar em nosso meio católico a armação do Presépio nos lares. A tradição do presépio remonta a São Francisco de Assis. Encontramos grandes artistas que usam da criatividade para montar um presépio que chama a atenção. Eles colocam vários elementos que dão vida ao quadro da precariedade, da pobreza em que nasceu o menino Jesus.

Em 2016, em uma das Audiências da quarta-feira, o Papa Francisco explicou a importância de ter o presépio em casa, além da necessidade de contemplar cada um de seus elementos no tempo do Advento e no Natal, porque também nele podemos encontrar uma fonte de esperança. O lugar onde nasceu Jesus: Belém. Pequena aldeia da Judeia onde mil anos antes tinha nascido Davi, pequeno pastor eleito por Deus como rei de Israel.

Belém não era uma capital, e sim a periferia de Jerusalém. É naquele lugar que nasce o ‘filho de Davi’ tão esperado, Jesus, no qual a esperança de Deus e a esperança do homem se encontram.

Compõem o presépio a mãe, Maria, a “Mãe da esperança”. Maria, com seu “sim”, abriu a “Deus a porta do nosso mundo: o seu coração de jovem estava cheio de esperança, animada pela fé. E assim, Deus a escolheu e ela acreditou na sua Palavra”.

Ao lado de Maria encontramos José, o seu esposo, pai adotivo de Jesus. Descendente de Jessé e de Davi, José também acreditou na palavra do anjo e, olhando Jesus na manjedoura, crê que aquele Menino vem do Espírito Santo e que o próprio Deus ordenou chamá-lo ‘Jesus’.

Além dos pais estão presentes no nascimento do Menino, os pastores, que representam os humildes e os pobres que esperavam o Messias, o conforto de Israel e a redenção de Jerusalém. Naquele Menino, eles veem a realização das promessas e esperam que a salvação de Deus chegue finalmente para cada um deles.

Quando se monta o presépio? Há um dia apropriado? Sim! De acordo com a tradição cristã, é durante o primeiro domingo do Advento (neste ano no dia 2 de dezembro).

O dia de Natal celebrado no dia 25 de dezembro como data do nascimento de Jesus é simbólica. “A origem de tudo está em uma antiga festa pagã, de muitos séculos antes de Cristo, que era relacionada ao sol. Era uma celebração difundida em vários povos e culturas, e coincidia com o solstício de inverno (no hemisfério norte), quando era a noite mais longa do ano. A partir daquela noite o sol voltava a brilhar por mais tempo. Quando o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, a partir do século IV, a festa ao sol foi substituída pela celebração natalina, o que explica a consolidação do 25 de dezembro.

O Natal revela seu sentido: Deus realiza a promessa, fazendo-se homem. Encarna-se na condição humana, semelhante a nós em tudo , menos no pecado, é claro! Torna-se tão próximo do povo, até despindo-se da sua divindade. Demonstra a fidelidade e inaugura um Reino novo. Doa uma nova esperança à humanidade: a vida eterna. O Natal de Cristo inaugura a redenção. Garante a toda a humanidade a vida nova.

Fonte: Tribuna do Leste

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