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Conheça um pouco mais da história do seu artista preferido!

Odair José

Odair José, nasceu em Morrinhos-GO no dia 16 de agosto de 1948, é um cantor e compositor brasileiro, de estilo popular-romântico-brega. Surgiu no cenário musical brasileiro na década de 70. Odair José, o cantor da pílula; o terror das empregadas, o Bob Dylan da Central do Brasil. Estes foram algumas das expressões criadas pelos jornalistas da época para tentar definir o então novo fenômeno.

Compositor de melodias simples e letras diretas, com seu trabalho ele trouxe o cotidiano do povo para dentro da música brasileira, para os discos, as estações de rádio e televisão, contribuindo de maneira decisiva para uma significativa mudança comportamental na sociedade brasileira como um todo.

A maior característica de seu trabalho é retratar os conflitos e o amor, da paixão ao sexo, até então tabu, principalmente entre os compositores de maior apelo popular.O resultado disso foi uma enorme empatia com a massa e milhões de discos vendidos numa época em que as vendas ainda estavam restritas ao universo dos milhares.

Seu estilo objetivo, franco e a sua linguagem simples e direta, de fácil compreensão e assimilação criou um novo caminho na música brasileira e acabou influenciando uma geração de novos artistas que ainda hoje buscam inspiração em seu trabalho.

Odair começou como crooner (que canta todos os gêneros musicais) na adolescência até meados dos 17 anos quando começou a compor. Ainda cedo se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro em busca de obter e ocupar um espaço no cenário artístico nacional através da sua música. No Rio de Janeiro, travou conhecimento com Rossini Pinto, um dos mais sensíveis e bem sucedidos compositores das décadas de 60 e 70. Rossini desempenhava também a atividade de produtor e viu em Odair o potencial de um grande artista, levando-o para a gravadora CBS. O primeiro trabalho do novo cantor para a gravadora foi a canção “Minhas Coisas,” incluída com destaque no disco “As 14 Mais”, um dos principais produtos da companhia naquela época.

Nos Anos 70 sua música teve influências da música caipira americana. Excursionou pelo country de raiz de Hank Williams e Johnny Cash em seus primeiros discos. Em 1972, Odair gravou a música “Eu vou tirar você deste lugar” e com ela aconteceu o grande estouro, sendo até hoje como um clássico no repertório nacional. No mesmo ano emplacou as músicas “Esta noite você vai ter que minha”; “Pense pelo menos em nossos filhos”, e “Cristo quem é você”, esta gravada pelo próprio Odair José, com arranjos de Zé Rodrix, tendo a participação do grupo Som Imaginário. Todas são do disco “Assim sou eu”, lançado pela Polydor.

No ano seguinte, 1973, é lançado o LP “Odair José”. Músicas como ‘Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)’ e ‘Eu, Você e Praça’ figuraram entre as músicas mais tocadas do ano.

A música “Uma Vida Só”, ficou conhecida popularmente pelo seu refrão, “pare de tomar a pílula”, que foi censurada pelo governo brasileiro pelo suposto entendimento de que a canção fazia propaganda contrária à distribuição das tais pílulas para o controle de natalidade. Também de forte apelo popular, na canção “Deixa Essa Vergonha De Lado”, Odair José deu seu total apoio à empregada doméstica, função que no início da década de 1970 não era legalizada, e a música de Odair ajudou em muito para que essa profissão fosse o que é hoje, por isso, Odair ficou com a alcunha de “o terror das empregadas”, valendo lembrar, que na canção, Odair relata uma empregada que namora um rapaz, e, com vergonha, diz que aquela casa é a sua casa, que o garoto que leva para a escola é seu irmão, então, o moço pede para que a moça deixa a vergonha de lado, que, pelo fato de ela ser uma simples empregada, não modificará seu amor.

A chegada do novo milênio marcou o descobrimento de Odair José por novas gerações que não conheciam seu trabalho. Inúmeros outros artistas passaram a regravar canções de seu repertório.

Em 2015, com 45 anos de carreira, Odair José lançou o disco ‘Dia 16’, e no ano seguinte o disco ‘Gatos e Ratos’, que concorreu ao Melhor Álbum na categoria Canção Popular Prêmio da Música Brasileira de 2017. Na mesma edição foi vencedor na categoria Melhor Cantor. Ainda, a revista Rolling Stone Brasil o elegeu o 20º melhor álbum brasileiro de 2016.

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