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SAÚDE EM FOCO

Obesidade cresce de forma acelerada no Brasil e se aproxima da taxa dos países ricos

A quantidade de pessoas obesas no Brasil cresceu de forma mais acelerada que a média dos
países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Agora, o
Brasil se aproxima da taxa do problema nos países ricos.

Mais de um quinto da população brasileira é obesa, segundo um estudo da OCDE.
O documento revela que a proporção de obesos na população adulta brasileira passou de
12,7% em 1996 para 22,1% em 2016. No mesmo período, a média da OCDE passou de 15,4%
para 23,2%.
O levantamento é baseado em critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
que levam em conta o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
O IMC é uma equação que leva em conta o peso e a altura da pessoa. Um IMC entre 25 e 29,9
indica sobrepeso. O índice de 30 ou mais aponta obesidade, sendo que acima de 35 é a
chamada obesidade mórbida.
Pessoas de baixa renda e com menor nível educacional têm maior probabilidade de consumir
uma alimentação menos saudável, com quantidade insuficiente de frutas e legumes, e se
tornarem obesas, afirma a organização. O problema afeta mais as mulheres nessa categoria
social.
No Brasil, 25,4% das mulheres adultas são obesas, enquanto o número de homens é de 18,5%.
Crianças
No Brasil, quase 11% das crianças são consideradas obesas. A média na OCDE é de 9,9%. O
número de crianças pré-obesas no país chega a 17,2%.
Na média dos países da OCDE e do G20, a obesidade infantil tem crescido anualmente 0,3
pontos percentuais na última década.
O estudo afirma que crianças com um peso saudável têm mais chances de ter melhor
desempenho na escola e completar o ensino superior.
Já as crianças com problemas de peso tem menos satisfação com a vida e têm quase 4 vezes
mais chances de sofrer bullying nas escolas, o que pode contribuir para resultados escolares
inferiores e diminuir suas chances no mercado de trabalho.

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