Já ouviu falar em estomia? Pois bem, se essa palavra lhe parece uma incógnita, aqui vai um
esclarecimento rápido: estomias são aberturas realizadas por meio de procedimentos médicos
que permitem a comunicação de um órgão com o meio externo.
Um exemplo é a traqueostomia, que, por meio de uma incisão na traqueia (logo abaixo do
pescoço) auxilia pacientes a assegurar sua capacidade respiratória. Outra situação bem
conhecida é a colostomia, que fez com que o presidente Jair Bolsonaro tivesse de usar uma
bolsa coletora após as cirurgias pelas quais passou. O equipamento tem a finalidade de coletar
as fezes eliminadas pela estomia, diante de algum impedimento no intestino ou ânus.
Estomias também são necessárias em decorrência de cirurgias para tumores de cabeça e
pescoço, próstata, bexiga, endométrio… E também fazem parte do tratamento em outras
circunstâncias, como nos casos de doenças inflamatórias intestinais, diverticulite e polipose
familiar, sem falar nos traumas como os provocados por acidentes de trânsito.
Um terço desses milhares de brasileiros com traqueostomias, colostomias, gastrostomias e
afins tem entre 40 e 59 anos. Falamos de uma questão de saúde pública, com impacto na
qualidade de vida e na economia das famílias.
Desde 2004, a estomia é considerada uma deficiência física. Mas ter se submetido a um
procedimento do tipo não impede a pessoa de voltar a trabalhar, viajar, ir à praia, dançar ou
mesmo praticar exercícios físicos (com algumas restrições e cuidados). Aos olhos da lei, ter
uma estomia garante direitos como acesso preferencial em filas, isenção de certos impostos,
bem como a adoção do símbolo nacional da pessoa com estomia, que tem como um de seus
objetivos identificar banheiros ou locais adaptados.
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