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SAÚDE EM FOCO

Atividade física pode ser aliada da psicoterapia

A atividade física aliada ao tratamento psicológico pode ser uma importante combinação para
a recuperação de pacientes em quadros depressivos, transtorno de pânico, ansiedade e até
mesmo bipolaridade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é atualmente a segunda
causa de incapacidade no mundo, aproximadamente 121 milhões de pessoas sofrem dessa
enfermidade. “O ser humano não é uma coisa só, é preciso buscar o equilíbrio físico e
emocional. A atividade física em grupo pode retirar o paciente (com depressão) do quadro de
isolamento” observa a psicoterapeuta Ana Carolina Coelho. Mas faz um alerta: “É preciso ter
cuidado para não haver uma sobrecarga emocional. Dependendo do grau da depressão,
primeiro é necessário reestruturar esse paciente e depois, quando já estiver com capacidade
de ter prazer, de sair de casa, de socializar, então é o momento de aliar a algum exercício
físico”.
A psicoterapia, entre outras características, trabalha com a qualidade das relações humanas,
melhora o autoconhecimento e a busca da autonomia existencial. Por isso, atividades físicas
em grupo, como a dança, por exemplo, tem efeito psíquico positivo. “O contato físico e afetivo
que a dança proporciona, a relação com outro ser humano, é uma socialização positiva e tem
uma resposta terapêutica direta”, aponta.
A atividade física pode ser um complemento ao tratamento da psicoterapia, mas é necessário
evitar frustrações. “Não adianta o psicoterapeuta indicar que o paciente inicie uma academia
se ele nunca gostou. É importante achar uma modalidade em que o indivíduo se sinta bem”,
completou Ana Carolina.

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