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SAÚDE EM FOCO

Luz de escritório, celular ou computador faz mal?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia publicou em 2014 um
documento chamado Consenso Brasileiro de
Fotoproteção. Dermatologistas de vários estados se reuniram
para formular o primeiro documento oficial com recomendações
sobre fotoproteção elaborado no país e destinado aos
brasileiros.

Dentro desse contexto, vamos falar sobre o real risco da
exposição a lâmpadas artificiais, entre outras fontes de emissão
de luz como computadores e celulares. Os estudos sobre
a radiação ultravioleta (UV-A e UV-B) emitida por fontes
artificiais de luz se iniciaram por volta de 1950, em função da
preocupação a respeito da possibilidade do surgimento
de câncer de pele relacionado à exposição a essas fontes
de emissão de luz.

Em 1990, foi estabelecido que câmaras de bronzeamento
artificial e fototerapia médica aumentam o risco de ocorrência
de cânceres de pele, sendo o melanoma o tipo mais
preocupante. O conhecimento evoluiu desde então e hoje as
câmaras de bronzeamento artificial foram proibidas, e a
fototerapia médica pode ser feita somente até um número pré-
determinado de sessões.

Um assunto mais recente que vem preocupando os
dermatologistas é a utilização de cabines de luz emissora de
radiação ultravioleta durante o processo de secagem de unhas
postiças de gel. Essas cabines ainda não foram proibidas, porém
é fortemente recomendado o uso de protetores solares potentes
(FPS> 50) nas mãos, se a paciente opta por realizar o
procedimento mesmo sabendo dos riscos.

Quanto às luzes de escritório, há poucos estudos. O consenso
ressalta que “há poucos trabalhos publicados relacionados à
transmissão de R-UV pelas fontes de luz artificiais. A quantidade
de UV-A e UV-B emitida por lâmpadas de uso comum é muito

pequena e totalmente bloqueada pela película protetora
presente nos invólucros de vidro das lâmpadas. Sendo assim, não
há relatos de emissão de R-UV pelas lâmpadas presentes no
mercado.”

É importante sinalizar, todavia, que apesar de as luzes de
escritórios, computadores e celulares não emitirem radiação
ultravioleta suficiente capaz de provocar câncer de pele, elas
emitem uma radiação chamada luz visível, que pode piorar
doenças de pigmentação da pele como o melasma, além de
contribuir com o envelhecimento da pele.

Isso reforça a recomendação do uso diário de  protetores solares
com alto FPS (fator de proteção solar) e, se possível, com cor,
mesmo em dias de trabalho exclusivamente em escritório.

Para terminar, gostaria de reforçar que não existe relação entre
a exposição à lâmpadas artificiais domésticas ou de escritório e
câncer de pele. Recomenda-se, entretanto, o uso diário de
protetores solares em áreas fotoexpostas pois vivemos em um
país tropical, e recebemos uma quantidade grande de radiação
em trajetos e atividades cotidianas , o que justifica essa prática.
Fonte: www.uai.com.br

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