A dor da enxaqueca normalmente começa bem
devagar (com duração de 4 a 72 horas),
atingindo um lado da cabeça, na região
superior ou próximo ao pescoço. A intensidade
da dor pode ser forte, moderada ou forte e do
tipo pulsante. Há pacientes que sentem dor o
dia inteiro, mas ainda assim conseguem
manter a rotina em ordem, a ponto de, se
ninguém perguntar, nem levantarem a suspeita
de que estão com dor. Outros, por sua vez,
precisam ir para um pronto-socorro para tomar
medicamentos na veia.
Infelizmente, a grande maioria dos pacientes
“aprende” a conviver com o problema e
peregrina de médico em médico sem nunca
conseguir um tratamento eficaz. No jargão
médico, são chamados de “borboletas de
consultório”.
Se você sofre de enxaqueca há muitos anos, é
importante saber que a doença não se resolve
com analgésicos comuns usados
rotineiramente para dores de cabeça. Ela
requer medicamentos específicos (tanto para
os momentos de crise quanto para prevenção)
prescritos por um neurologista. O problema
nem sempre desaparece totalmente, mas a
frequência das crises pode diminuir
consideravelmente.
Quem sofre de enxaqueca precisa de paciência
até ajustar o tratamento, o que nem sempre é
fácil, pois o medicamento indicado como
primeira escolha pode trazer efeitos colaterais
e não ser adequado para o paciente.
A enxaqueca requer do paciente bastante
autopercepção. Saber reconhecer e prevenir os
gatilhos é um passo importante para ao menos
diminuir a frequência das crises. Anote sempre
o dia e a hora em que você estiver com dor, os
possíveis causadores, a região da cabeça que
está doendo, qual medicamento utilizou e
depois de quantas horas ele fez efeito. Quando
você for conversar com um especialista, isso
vai ajudar na prescrição de um tratamento
mais personalizado, pois a dor de cada
paciente é muito específica.
Outra questão fundamental é rever seu estilo
de vida. Hábitos alimentares inadequados,
sedentarismo, além de um trabalho
estressante só ajudam a intensificar as crises.
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