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Conheça um pouco mais da história do seu artista preferido!
Clara Nunes
Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, mais conhecida como Clara Nunes, nasceu em
Paraopeba-MG, no dia 12 de agosto de 1942 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de
abril de 1983, foi uma cantora e compositora brasileira, considerada uma das maiores
e melhores intérpretes do país. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a nona
maior voz brasileira e, pela mesma revista, quinquagésima primeira maior artista
brasileira de todos os tempos.
Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara
também viajou para muitos países representando a cultura do Brasil. Conhecedora das
músicas, danças e das tradições africanas, ela se converteu a umbanda e levou
a cultura afro-brasileira para suas canções e vestimentas. Clara Nunes foi uma das
cantoras que mais gravaram canções dos compositores da Portela, sua escola de
samba do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil
cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos. A cantora
vendeu ao todo quatro milhões e quatrocentos mil discos durante toda a sua carreira.
No início da década de 1960, Clara conheceu também Aurino Araújo (irmão
de Eduardo Araújo), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino também foi seu
namorado durante dez anos. Por influência do produtor musical Cid Carvalho, adotou
o nome artístico de Clara Nunes, usando o sobrenome da mãe. Quando solteira se
chamava Clara Francisca Gonçalves, depois de casada adotou o sobrenome Pinheiro.
Em 1960, já com o nome de Clara Nunes e ainda trabalhando como tecelã, ela venceu
a etapa mineira do concurso ;A Voz de Ouro ABC, com a música ;Serenata do Adeus,
composta por Vinicius de Moraes e gravada anteriormente por Elizeth Cardoso. Na
final nacional do concurso realizado em São Paulo, Clara Nunes obteve o terceiro lugar
com a canção Só Adeus; (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia).
em 1965, ela passou num teste como cantora na gravadora Odeon e registrou pela
primeira vez a sua voz em um LP. O disco foi lançado pela Rádio Inconfidência (onde
Clara trabalhou quando morava em Belo Horizonte) e contava com a participação de
outros artistas, todos da Odeon.
No ano seguinte, Clara foi contratada por esta gravadora, a primeira e a única em toda
a sua vida. Naquele mesmo ano, foi lançado o primeiro LP oficial da cantora, ;A Voz
Adorável de Clara Nunes. Por insistência da gravadora para que ela interpretasse
músicas românticas, Clara apresentou neste álbum um repertório de boleros
e sambas-canção, mas o LP foi um fracasso comercial. Em 1968, Clara Nunes
gravou ;Você Passa e Eu Acho Graça, seu segundo disco na carreira e o primeiro onde
cantaria sambas. A faixa-título (de Ataulfo Alves e Carlos Imperial) foi seu primeiro
grande sucesso radiofônico.
Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum ;Clara
Clarice Clara. Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo Gaya e com músicos
como o violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes
destaques as canções ;Seca do Nordeste; (um samba-enredo da escola de samba Tupi
de Brás de Pina), Morena do Mar; (de Dorival Caymmi).
Em 1982, a Odeon lançaria ;Nação, o último álbum de estúdio da cantora. O LP teve
como destaques a faixa-título (de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio), ;Menino
Velho; (de Romildo e Toninho), Ijexá (de Edil Pacheco), ;Serrinha (de Mauro Duarte
e Paulo César Pinheiro) – uma homenagem dos compositores à escola de
samba Império Serrano e ao Morro da Serrinha, reduto do jongo, situadas em
Madureira, subúrbio carioca.
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