Em um cenário no qual predomina uma doença
com alta taxa de mortalidade, a correta
definição do tipo de lesão, apontando se ela é
benigna ou maligna (câncer), torna-se ainda
mais importante, assim como a indicação de
seu tamanho, grau de agressividade, perfil
biológico, capacidade de se espalhar e
potencial resposta aos tratamentos disponíveis
no caso de malignidade.
Assim como a maior parte dos diagnósticos de
câncer, apesar da anamnese e de exames de
imagem poderem identificar a presença de um
tumor ovariano, a natureza desse tumor
quanto à malignidade só será definida a partir
da avaliação feita por um médico patologista.
No contexto do câncer de ovário, essa
avaliação pode ocorrer antes da cirurgia,
geralmente em casos avançados, para
determinação de quimioterapia neoadjuvante;
durante a cirurgia, por meio do exame
intraoperatório por biópsia de congelação; ou
após a cirurgia, para avaliação da extensão da
doença e/ou resposta ao tratamento.
Em cerca de 90% dos casos, os tumores
malignos do ovário são derivados de células
epiteliais que revestem o ovário e/ou a
trompa. O restante provém de células
germinativas (que formam os óvulos) e células
estromais (que produzem a maior parte dos
hormônios femininos), sendo esses casos mais
frequentes em adolescentes e mulheres mais
jovens.
Entre os tumores malignos epiteliais de ovário,
cerca de 70% são carcinomas serosos, que
podem ser de baixo ou alto grau. “Embora
agressivos, tumores serosos de alto grau, com
disseminação mais rápida e comprometimento
maior do ovário e órgãos adjacentes, são,
geralmente, mais responsivos à
quimioterapia”, comenta o patologista.
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