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SAÚDE EM FOCO
Estudo analisa efetividade dos diferentes materiais de máscaras
Usar a máscara em público tornou-se uma prática recomendada na pandemia de Covid-19.
Entretanto, muitos ainda questionam se ela realmente funciona. Um estudo publicado na
revista Physics of Fluids, da AIP Publishing (Instituto Americano de Física) mostrou a eficácia
das máscaras e o que acontece quando tossimos sem nenhuma proteção.
Os pesquisadores usaram uma técnica chamada de ‘fotografia schlieren’, usada para fotografar
o fluxo de fluidos de densidade variável. Com isso, eles conseguiram capturar imagens e
rastrear a velocidade e propagação das gotas expelidas na tosse.
O estudo testou a tosse com máscaras (cirúrgica e N95), com as mãos, lenços, cotovelos e sem
proteção.
Sem surpresa, eles descobriram que as máscaras N95 são as mais eficazes na redução da
propagação horizontal de uma tosse. Elas reduzem a velocidade inicial da tosse e limitam a sua
propagação entre 0,1 e 0,25 metros. Já uma tosse descoberta pode viajar até três metros.
Os pesquisadores alertam que a máscara descartável também é eficaz e pode diminuir a
distância da tosse para 0,5 metros.
Novas descobertas
Algumas das outras comparações, no entanto, foram surpreendentes.
Por exemplo, usar um cotovelo para encobrir uma tosse é normalmente considerado uma boa
alternativa. Mas os pesquisadores descobriram que isso pode não ser verdade.
A menos que seja coberto por uma manga, um braço nu não pode formar a vedação adequada
contra o nariz necessária para obstruir o fluxo de ar. A tosse é então capaz de vazar por
qualquer abertura e se propagar em várias direções.
Se utilizada de forma correta, a máscara evita que pessoas doentes projetem o vírus em
secreções, e que pessoas saudáveis absorvam o vírus projetado no ar pela boca ou pelo nariz.
Na última semana, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelos médicos Monica Gandhi e
Eric Goosby, da Universidade da Califórnia, e pelo pesquisador Chris Beyrer, da Universidade
Johns Hopkins, apontou que as máscaras também reduzem a carga viral à qual estamos
expostos.
Se infectados, o estudo diz que a manifestação da doença pode ser mais branda ou mesmo
assintomática, graças ao uso dos equipamentos. O estudo foi publicado no ;Journal of General
Internal Medicine;.
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