Mais imunidade e menor incidência de doenças cardíacas, diabetes, asma, depressão,
síndrome do intestino irritável e algumas alergias.
Esses são alguns dos muitos benefícios relacionados a ter bactérias saudáveis e diversificadas
em seu intestino, o chamado microbioma.
Nosso microbioma é composto de trilhões de células, incluindo bactérias, vírus e fungos. A
maior comunidade se encontra no intestino. Na verdade, há mais células bacterianas do que
células humanas no corpo.
A boa saúde intestinal está relacionada à saúde de quase todos os outros órgãos, diz à BBC a
médica Megan Rossi, também conhecida como The Gut Health Doctor (a doutora em saúde
intestinal).
A Associação Dietética Britânica lista razões importantes pelas quais nosso microbioma nos
ajuda, como o fato de que as bactérias intestinais desempenham um papel fundamental na
digestão dos alimentos, sobretudo na decomposição de fibras e na absorção de nutrientes.
As bactérias produzem várias vitaminas, como B2, B12 e K, além de ácido fólico. Elas também
fabricam ácidos graxos de cadeia curta (SCFA), que podem reduzir a inflamação, proteger
contra distúrbios no cólon e reduzir os níveis de colesterol e açúcar no sangue. E estimulam as
células que combatem infecções na corrente sanguínea.
"Temos a capacidade de determinar nosso microbioma intestinal simplesmente pela forma
como o tratamos. Focar na nossa alimentação é uma das maneiras mais eficazes de aumentar
a diversidade do nosso microbioma diz Rossi.
Embora algumas pesquisas sugiram que é possível realizar alterações nos micróbios intestinais
em questão de dias (para o bem ou para o mal), isso pode depender de vários fatores, como o
quão drásticas são as mudanças que você implementa em sua dieta e estilo de vida.
Os benefícios de longo prazo podem levar vários meses para ficarem aparentes.
Além disso, uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em
inglês) mostrou que os micróbios intestinais podem voltar à sua composição original se você
retomar uma alimentação menos benéfica.
;É necessário um suporte regular e de rotina para manter as mudanças e benefícios de longo
prazo, afirma o cientista clínico Sunni Patel à BBC.
As bactérias intestinais são muito diferentes: duas pessoas sem nenhum parentesco não
compartilham mais do que 30% das mesmas cepas bacterianas. Por isso ;pode ser muito
individual em termos de quanto tempo leva para as mudanças fazerem efeito, diz Rossi.
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