A qualidade do ar em um escritório afeta a produtividade do trabalhador, revelou um estudo
da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Estudos
anteriores indicam que a exposição a esses poluentes pode resultar em danos cerebrais
significativos e afetar a função cognitiva.
A má qualidade do ar com altas concentrações de partículas finas impacta negativamente a
função cerebral dos funcionários, incluindo tempos de resposta e capacidade de foco.
Trabalhadores em escritórios com níveis elevados de partículas finas (ou poluentes
microscópicos) no ar devido à má ventilação tiveram um desempenho pior em uma série de
testes cognitivos.
O estudo de um ano envolveu 300 participantes com idades entre 18 e 65 anos que trabalham
em escritórios em seis países. Os participantes trabalharam no local pelo menos três dias por
semana em uma variedade de setores, incluindo engenharia, investimento imobiliário,
arquitetura e tecnologia.
Os pesquisadores equiparam as estações de trabalho dos participantes com um sensor
ambiental que monitorava em tempo real as concentrações de partículas finas (PM2,5) e CO2,
bem como a temperatura ambiente e a umidade relativa. Além disso, os participantes tinham
um aplicativo personalizado em seus telefones, por meio do qual testes cognitivos e pesquisas
eram administrados.
Os participantes do estudo foram solicitados a participar de testes e pesquisas em horários
pré-programados ou quando os sensores ambientais detectaram níveis de PM2,5 e CO2 que
caíram abaixo ou excederam certos limites.
Um teste exigia que os funcionários identificassem corretamente a cor das palavras exibidas e
foi usado para avaliar a velocidade cognitiva e o controle inibitório, ou a capacidade de focar
em estímulos relevantes quando estímulos irrelevantes também estão presentes. O segundo
teste consistia em questões aritméticas básicas e era usado para avaliar a velocidade cognitiva
e a memória de trabalho.
Os aumentos nos níveis de PM2,5 e CO2 reduziram os tempos de resposta no primeiro teste
em até 6% e no segundo em quase 2%. Além disso, níveis elevados PM2,5 e CO2 afetaram
negativamente a precisão nos testes baseados em cores. Conforme as concentrações de ambos os poluentes aumentaram, os participantes completaram menos perguntas
corretamente em ambos os testes durante o período de tempo designado.
Pesquisas sugerem que a poluição do ar de fora pode penetrar e se acumular em ambientes
internos devido à ventilação insuficiente. Como resultado, as pessoas que passam uma
quantidade significativa de tempo nesses ambientes, como funcionários de escritório, podem
ser expostas a quantidades maiores do que o esperado de PM2,5 e CO2. (Fonte:
www.boasaude.com.br)
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