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Petrobras fará reajuste de gasolina e diesel após 57 dias
Os reajustes de gasolina, diesel e GLP passam a valer nesta sexta-feira, 11 de março
A Petrobras anunciou na manhã desta quinta-feira, 10, que fará o primeiro reajuste nos preços de gasolina e diesel após 57 dias com o valor congelado. O preço do GLP, usado no gás de cozinha, também será reajustado após 152 dias.
Os reajustes passam a valer nesta sexta-feira, 11 de março, e dizem respeito ao valor cobrado pela Petrobras de suas distribuidoras, e, com o reflexo no restante da cadeia, terminam impactando o preço final ao consumidor na bomba.
“Esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”, disse a estatal em nota.
As ações da Petrobras subiam 3% pouco antes das 11h desta quinta-feira. O reajuste anunciado coloca uma pausa nas preocupações de investidores de que a União, sócia majoritária da empresa, pudesse congelar os preços e não repassar as altas internacionais ao consumidor.
Gasolina e diesel
A partir de 11 de março, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.
Dada a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a Petrobras calcula que o reajuste fará o preço na bomba subir R$ 0,54 por litro (para R$ 2,81), em relação à fatia da empresa no preço total.Os reajustes totais podem ser maiores na ponta dados os outros componentes do preço, como tributos federais e estaduais, custos de distribuição e revenda, entre outros
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.Dada a mistura obrigatória de 10% de biodiesel, a parcela da Petrobras no preço total do litro de diesel subirá R$ 0,81 (para R$ 4,06).
Gás de cozinha
Por fim, para o GLP, usado no gás de cozinha, o último reajuste havia sido feito há 152 dias. E a partir de 11 de março, o preço médio da Petrobras às distribuidoras passa de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, um reajuste médio de R$ 0,62.
Assim, 13kg do GLP (parcela necessária para um botijão de gás de cozinha) passariam a R$ 58,21 na fatia correspondente à Petrobras, um aumento de R$ 8,06 no valor final.
A estatal afirma que o repasse é necessário para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, “sem riscos de desabastecimento”.
Quanto o combustível vai aumentar?
A fatia correspondente ao preço cobrado pela Petrobras é um dos componentes mais importantes que afetam o custo da gasolina, diesel e outros combustíveis vendidos no Brasil.
Na ponta, o valor que chega ao consumidor inclui também tributos, custos das empresas participantes da cadeia, entre outros.
Na semana até 5 de março, antes dos reajustes da Petrobras, os valores ao consumidor registrados em território nacional, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), eram:
- O preço médio da gasolina ao consumidor era de R$ 6,577 o litro;
- O preço médio do diesel era de R$ 5,603 no mesmo período;
- O preço médio do GLP (botijão de 13kg) era de R$ 102,64.
Assim, a alta já garantida nos preços é a relativa à fatia da Petrobras:
- R$ 0,54 para gasolina por litro;
- R$ 0,81 para o diesel por litro;
- R$ 0,62 para o GLP por quilo.
Mas o aumento de fato ao consumidor pode ser maior do que os reajustes específicos da Petrobras quando incluídos os outros componentes do preço, mas ainda não é possível prever qual será o valor de fato.
O ICMS, imposto estadual e que corresponde a um terço do preço da gasolina, por exemplo, foi congelado por governadores até o final de março. Anteriormente, o valor do ICMS sobe quando os preços dos combustíveis sobem, porque, grosso modo, é calculado com base em uma porcentagem do preço (média dos últimos 15 dias). Assim, até o fim de março, o ICMS segue sendo calculo por valores anteriores.
Além disso, a fatia do ICMS aplicada a gasolina e diesel varia a depender do estado, de modo que os preços calculados pela ANP são somente uma média geral nacional.
Fonte:exame.com
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