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SAÚDE EM FOCO
Suor noturno (sudorese noturna): o que pode ser e o que fazer
6. Consumo de alimentos termogênicos
O consumo de alimentos termogênicos como pimenta, gengibre, álcool ou cafeína, estimula o cérebro na região que regula a temperatura corporal e acelera o metabolismo, fazendo com que o corpo gere mais calor, o que aumenta a produção de suor e, por isso, podem causar sudorese noturna se consumidos perto da hora de dormir.
O que fazer: evitar consumir alimentos termogênicos à noite, dando preferência por consumir esses alimentos durante o dia, para reduzir a produção de suor noturno.
7. Hipertireoidismo
O hipertireoidismo é uma doença em que ocorre desregulação da glândula tireóide que produz quantidades excessivas do hormônio tiroxina, levando ao aumento do metabolismo do corpo, o que aumenta a produção de suor, que pode ser noturno, sendo um sintoma comum dessa doença.
O que fazer: deve-se consultar um médico para realizar exames de sangue que verifiquem os hormônios da tireoide. Caso seja confirmado o hipertireoidismo, é importante iniciar o tratamento mais adequado, que tende a ser feito com remédios ou cirurgia.
- Infecções
Algumas infecções, que podem ser agudas ou de evolução crônica, podem provocar sudorese preferencialmente noturna. Algumas das mais comuns incluem:
Tuberculose;
HIV;
Histoplasmose;
Coccidioidomicose;
Endocardite;
Abscesso pulmonar.
Geralmente, além da sudorese noturna, estas infecções podem ter como sintomas febre, perda de peso, fraqueza, inchaço dos gânglios pelo corpo ou calafrios, que normalmente acontecem devido à infecção e correspondem a contrações e relaxamentos involuntários do corpo.
O que fazer: é muito importante que haja uma avaliação médica o mais breve possível, e o tratamento seja orientado de acordo com o tipo de infecção, podendo ser necessário o uso de antibióticos, antifúngicos ou antirretrovirais.
9. Uso de alguns medicamentos
Alguns medicamentos podem ter como efeito colateral a presença de suor noturno, e alguns exemplos são os antipiréticos, como o paracetamol, alguns anti-hipertensivos e alguns antipsicóticos.
O que fazer: o uso dos medicamentos não deve ser interrompido, mas deve ser conversar com o médico para entender se a dose pode ser alterada ou se existe outro remédio que possa ser usado.
10. Câncer
Alguns tipos de câncer, como linfoma ou leucemia, podem apresentar como sintoma frequente o suor noturno, além de perda de peso, gânglios aumentados pelo corpo, sangramentos e queda da imunidade. A sudorese também pode surgir em tumores neuroendócrinos, como feocromocitoma ou tumor carcinoide, que estimulam a liberação de hormônios que ativam a resposta neurológica, provocando crises de palpitação, suor, rubor da face e pressão alta, por exemplo.
O que fazer: deve-se consultar um oncologista ou endocrinologista, que podem indicar tratamentos que incluem cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, por exemplo, de acordo com o tipo de tumor e gravidade do quadro.
Quando se preocupar
O suor noturno geralmente não é motivo de preocupação, mas em alguns casos, pode ser um sinal de uma condição que requer tratamento, devendo-se procurar ajuda médica nos casos de:
Suor noturno com frequência ou excessivo;
Apresentar paradas da respiração ou sufocamento durante o sono;
Presença de febre ou calafrios;
Presença de tosse;
Perda de peso inexplicável.
Além disso, em pessoas com linfoma ou HIV, o suor noturno pode ser sinal de que a doença está progredindo, sendo importante comunicar ao médico e fazer acompanhamento regular.
Revisão médica: Dr.ª Clarisse Bezerra – Médica de Saúde Familiar
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