De todos os tipos de dores de cabeça, a enxaqueca é a mais rica de sintomas. Náuseas, vômitos, diarreia, sensibilidade à luz, cheiros, barulhos e movimentos, irritabilidade, sonolência e depressão são apenas alguns dos incômodos que podem acompanhar uma crise.
Como o analgésico trata apenas a dor, o paciente que tiver esses outros sintomas muito acentuadamente deve tratá-los de forma tópica.
Esse cuidado é redobrado com aqueles que sofrem com vômitos, pois podem perder o efeitos dos analgésicos, precisando ir ao pronto-socorro para receberem medicações injetáveis.
Quando o paciente relata vômitos intensos é conveniente medicá-lo com um antiemético conjuntamente com os medicamentos analgésicos – e alguns antieméticos parecem ter até um efeito sobre a dor.
Descanse em local escuro e silencioso
Durante uma crise de dor de cabeça às vezes o paciente não suporta ambientes barulhentos e com muita luz, podendo esses fatores serem até mesmo desencadeantes do quadro.
A pessoa com dor de cabeça pode ter anomalias neuroquímicas que tornam o seu cérebro mais “irritável” do que os outros, respondendo de forma exagerada a estímulos como luz e barulho.
Assim, durante uma crise, o ideal é se sentar ou deitar – o que for mais confortável – em um local com pouca luz e sem barulhos, evitando ao máximo conversas e atividades que o tirem do repouso.
Aqueles que possuem dores de cabeça mais fracas podem melhorar completamente com o repouso e compressas frias, dispensando o uso de analgésicos.
Faça refeições leves e hidrate-se
Ainda que o desencadeante da sua crise não seja a alimentação, uma dieta leve rica em líquidos no momento da crise pode ser muito útil. Nos casos em que não há vômito, o jejum prolongado pode inclusive agravar a dor de cabeça.
Beba muito líquido para se manter hidratado, tanto água quanto soluções hidratantes disponíveis no mercado.
Porém, se o paciente estiver vomitando, o melhor é não ingerir alimentos sólidos e, em casos graves, procurar um pronto atendimento para receber medicações injetáveis mais potentes.
Prepare-se aos dias de estresse
Apesar de existirem vários fatores desencadeantes de uma dor de cabeça, o gatilho mais importante é, sem dúvida, o estresse emocional.
Situações como muitas horas no trânsito, cobranças no trabalho, excesso de horas trabalhadas e discussões familiares contribuem para que o cérebro do paciente produza mais noradrenalina, uma substância vasoconstritora que agravará ainda mais a dor de cabeça.
Como é impossível fugir completamente do estresse e nem sempre é fácil evitá-lo, é importante que o paciente já esteja preparado para uma crise em dias que ele sabe que serão mais difíceis.
Manter as medicações à mão, já fazer uma dieta mais leve e considerar sair mais cedo do trabalho, quando possível, são algumas alternativas.
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