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Conheça um pouco mais da história do seu artista preferido!

Zé Ramalho

Nascido em 3 de outubro de 1949, José Ramalho Neto é natural de Brejo da Cruz (PB). Quando
tinha 2 anos, ficou órfão de pai, o seresteiro Antônio de Pádua Pordeus Ramalho, que morreu
afogado num açude do sertão. Com isso, sua mãe, a professora primária Estelita Torres
Ramalho, entregou-o para ser criado pelos avós, José e Soledade Alves Ramalho, que tinham
melhor condição financeira. Por isso Zé pôde estudar nos melhores colégios da cidade e até
estudar medicina.
Sua vida artística começou como Zé Ramalho da Paraíba, cantando em conjuntos de baile
inspirados na jovem guarda e no rock inglês. O interesse pelos violeiros e pala literatura de
cordel só surgiria depois, ao participar da trilha sonora do filme Nordeste: cordel, repente e
canção, de Tânia Quaresma, em 1974. Por conta desse trabalho, Zé se mudou para o Rio de
Janeiro (RJ), acompanhado por outros cantores nordestinos. Naquele mesmo ano, lançou seu
primeiro disco, uma parceria com Lula Côrtes. Logo Zé estava tocando viola na banda de Alceu
Valença, em cujo show ele tinha chance de interpretar uma composição sua. Mas a
oportunidade foi por água abaixo quando Zé resolveu modificar o roteiro de uma das
apresentações da turnê. O público gostou, mas Alceu detestou e rompeu com o colega. A
amizade só seria recuperada um ano depois, quando Alceu incluiu, de surpresa, uma música de
Zé em seu novo espetáculo.

A carreira do paraibano se consolidou em 1979, quando ele lançou seu maior clássico,
Admirável gado novo e o grande sucesso, Frevo mulher. Seus discos já contavam com
participações especiais de muita gente famosa em 1983, quando ele voltou a morar no Rio. Em
1990, depois de um período de ostracismo, Zé gravou um disco só de forró e fez uma série de
shows nos EUA. Parecia uma preparação para aquele que seria seu mais importante trabalho,
o CD duplo Nação nordestina, de 2000, com o qual fez uma espécie de inventário da influência
do Nordeste na MPB, contando com a participação de diversos artistas e citando a obra de
tantos outros. O disco foi considerado um dos melhores exemplos da fusão da música
nordestina com o mundo pop. E assim Zé Ramalho vem construindo sua obra, inspirada tanto
na literatura de cordel e nos ritmos nordestinos quanto no cinema, nas histórias em
quadrinhos, nos livros de ficção científica, nos seriados de TV, no rock e na mitologia,
alinhavando tudo com seu jeito único de cantar, como se estivesse narrando, e com suas
composições que remetem a imagens.

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