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SAÚDE EM FOCO

Quem está mais propenso a depressão sazonal

Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, a depressão sazonal é mais comum especialmente em pessoas com transtorno bipolar associado a episódios depressivos e hipomaníacos recorrentes.

Além disso, as pessoas com essa condição também podem ter comorbidades mentais associadas, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno alimentar, transtorno de ansiedade ou transtorno do pânico.

O psicólogo Ricardo Milito destaca que o histórico familiar de depressão também pode ser determinante nesses casos, já que a predisposição aliada aos fatores fisiológicos pode contribuir para uma piora da saúde mental.

“Se a pessoa já sabe que tem um histórico familiar, então é importante ficar um pouquinho mais atenta aos sintomas. Praticar atividade física e o cuidado com a alimentação são fundamentais para a saúde mental não só durante o inverno”, ressalta.

Tratamento

Mesmo que a depressão sazonal seja caracterizada por quadros em determinados períodos do ano, se não tratada pode piorar ou evoluir para uma condição crônica. Segundo Abud, as estratégias de tratamento vão além do uso de medicações e têm como meta regular o relógio biológico e ajustar os níveis de serotonina e melatonina.

“O primeiro passo é reservar pelo menos meia hora do dia para estar em um ambiente ao ar livre, onde seja possível a exposição à luz do sol de forma direta. O melhor momento para fazer isso é entre 9 e 11 horas da manhã, porque esse é um horário em que, na maioria das pessoas, existe uma otimização da produção de melatonina, que tende a ser convertida em serotonina mediante a exposição à luz do sol”, explica o neuropsiquiatra.

Vale destacar que, caso não seja possível nesse horário específico, qualquer momento de contato com a luminosidade solar é bem-vindo, seja em uma caminhada ao ar livre, seja na saída para comer fora, ou mesmo encontrar um cantinho dentro de casa onde o sol consiga refletir a luz com mais amplitude e reservar aquele espaço para fazer alguma atividade, como ler um livro ou apenas receber a claridade.

“Se for possível caminhar ou ter contato com uma vegetação é muito importante, porque as cores da natureza também estimulam a liberação de serotonina, noradrenalina e de dopamina. Isso leva a uma melhora da concentração e da energia, além de diminuir a sensação de mau humor e de irritabilidade”, ressalta Abud.

Para quem trabalha em casa, a dica do neuropsiquiatra é organizar um espaço de home office em que a recepção da luz do sol seja constante, com a possibilidade de a luminosidade incidir sobre a retina com mais frequência.

“Atividades ao ar livre, principalmente quando existe luminosidade, são fundamentais para todo ser humano conseguir manter os níveis de energia, de disposição e de concentração”, destaca o especialista. O acompanhamento de um profissional da saúde especializado também é fundamental.

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