Medo de engravidar; Descontrole emocional ao falar do assunto; Oscilação de humor; Crises de ansiedade; Insônia; Apetite reduzido; Pesadelos com gravidez; Depressão; Depressão pós-parto e antes do parto.
Essa fobia, além de prejudicar a saúde, afeta diretamente as relações interpessoais. O pavor de engravidar pode ser tão grande ao ponto da pessoa se privar de ter uma vida íntima ativa, se afastando de possíveis relações afetivas e sexuais.
“Pessoas com essa fobia, sem tratamento psicoterápico adequado, podem desenvolver repulsa por relacionamentos, sejam eles afetivos ou sexuais. Muitas das vezes, a pessoa cria uma neurose”, alerta a sexóloga Karina Brum.
Ainda que a tocofobia esteja intimamente ligada ao útero e o universo feminino, ela também pode atingir os homens, com incidência bem menor, os mesmo sintomas e motivada por medo e insegurança.
Em ambos os casos, o tratamento é feito com psicoterapia, a fim de entender o gatilho para o medo e tratá-lo. Dependendo do caso, também será necessária ajuda psiquiátrica. “Caso a paciente esteja grávida, o tratamento é realizado em conjunto com o obstetra e o ginecologista que a acompanham”, completa a psicóloga Vanessa Gebrim.
A principal diferença entre tocofobia e não querer ter filhos é a possibilidade de escolha. Quem tem tocofobia pode, sim, ter vontade de ser mãe, mas são barradas pelo medo. “Algumas têm o desejo, mas tem muito medo, por crenças como: não vou dar conta, vou educar errado, ou vou repetir comportamentos inadequados de meus pais”, explica Gebrim.
Não querer ter filhos não é um problema. Está tudo bem não se identificar com a maternidade ou preferir priorizar outros sonhos e áreas da vida. O problema está, na verdade, na pressão social e psicológica de que “toda mulher nasceu para ser mãe”. Essa “obrigação” pode, inclusive, provocar e/ou potencializar os sintomas da tocofobia.
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