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Safra de grãos será recorde em Minas

Embora tenha enfrentado adversidades climáticas ao longo do ciclo, a safra de grãos, em Minas Gerais, será recorde em 2021/22.

 De acordo com os dados do  12º Levantamento da Safra de Grãos, estudo elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra está estimada em 16,8 milhões de toneladas, superando em 9,4% o período produtivo anterior.

Dentre os produtos, destaque para a soja, com uma produção 8,1% maior, e para o milho, que, mesmo com a produtividade menor na segunda safra  – resultado da seca -, terá uma produção total 9,5% maior que na temporada anterior.

Embora tenha enfrentado adversidades climáticas ao longo do ciclo, a safra de grãos, em Minas Gerais, será recorde em 2021/22. De acordo com os dados do  12º Levantamento da Safra de Grãos, estudo elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra está estimada em 16,8 milhões de toneladas, superando em 9,4% o período produtivo anterior.

Dentre os produtos, destaque para a soja, com uma produção 8,1% maior, e para o milho, que, mesmo com a produtividade menor na segunda safra  – resultado da seca -, terá uma produção total 9,5% maior que na temporada anterior.

O presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, destaca a boa perspectiva para a safra 2021/22. No Brasil, a produção de grãos no período está estimada em 271,2 milhões de toneladas, um acréscimo de quase 14,5 milhões de toneladas ou de 6,2% quando comparado ao ciclo anterior.

“Os dados do 12º levantamento confirmam que, embora tenhamos passado por adversidades climáticas, esta é a maior safra já produzida em 46 anos de acompanhamento”, avalia.

Em Minas Gerais, o clima foi novamente desafiador na temporada. As regiões produtoras enfrentaram uma estiagem prolongada que afetou o desenvolvimento da segunda safra, principalmente, de milho. Além disso, as temperaturas baixas impactaram o crescimento do feijão.

Cigarrinha do milho

No caso do milho, que já está com quase metade das lavouras de segunda safra colhida, a quebra se confirmou no Estado. De acordo com a Conab, as precipitações praticamente cessaram desde o final de abril em todas as regiões produtoras e as lavouras se desenvolveram nesse cenário, com baixa umidade no solo. Além do clima adverso, foi registrado enfezamento causado pela cigarrinha (Dalbulus Maidis), o que também contribuiu para a baixa produtividade desta safra.

O panorama traçado pela estatal mostra quebras acentuadas nas regiões produtoras. Com destaque para Unaí, maior município produtor, com expectativa de quebra de 60%. No Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a quebra registrada é de, aproximadamente, 25%, com tendência de baixa. Já na região Centro-Oeste e Sul de Minas, a redução gira em torno de 20%.

Diante desse cenário, a média de produtividade estadual foi reduzida para 3,94 toneladas por hectare na segunda safra do cereal, 30% menor que a produtividade prevista, registrando praticamente o mesmo desempenho da safrinha anterior, que também foi comprometida. Em relação ao volume, na segunda safra, a previsão é colher 2,18 milhões de toneladas de milho, alta de 10,8%. A área plantada, 553,2 mil hectares, ficou 11,7% maior.

“O avanço da colheita permitiu aferir os efeitos da cigarrinha na produção do milho segunda safra. A infestação prejudicou muito a produtividade, assim como a estiagem. Em Minas Gerais, foi registrada  falta de chuvas desde o  final de abril e início de maio, o que afetou a produtividade, por isso, a redução”, explicou o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Rafael Fogaça.

Apesar da quebra da segunda safra, a primeira temporada do milho foi positiva, com alta de 9% e colheita de 5,5 milhões de toneladas. Com isso, o volume total do cereal produzido por Minas Gerais foi de 7,6 milhões de toneladas, superando em 9,5% a safra passada.

Alta também foi registrada na sojaA produção chegou a 7,59 milhões de toneladas, aumento de 8,1%. A área ocupada foi de 1,9 milhão de hectares, superando em 4,4% o espaço usado anteriormente. A produtividade avançou 3,5%, chegando a 3,8 toneladas por hectare.

Feijão em baixa

Para o feijão, a estimativa é de queda. Ao todo, Minas Gerais irá colher 488 milhões de toneladas, 7,8% a menos. Neste ano, o clima afetou a produção. A produtividade foi reduzida em 3,1%, com rendimento de 1,5 tonelada por hectare. A área cultivada, que enfrentou concorrência principalmente com o milho, caiu 4,9% e ficou em 310 mil hectares.

Na terceira safra, Fogaça explica que, em Minas Gerais, a colheita já foi iniciada e deve seguir até outubro.

“Houve uma redução de área em Minas devido à grande concorrência com outras culturas. No Estado, a menor produtividade do feijão terceira safra está relacionada às baixas temperaturas. O frio prejudicou os estágios de desenvolvimento inicial do feijão, impactando a produtividade”, diz.

A estimativa é colher 145,5 mil toneladas de feijão na terceira safra, queda de 18,8%. A produtividade está 3,9% menor, com o rendimento estimado em 2,4 toneladas por hectare. Na primeira safra, Minas colheu 200,7 mil toneladas, queda de 10,6%. Já a segunda safra ficou 12,8% maior, chegando a 141,8 mil toneladas.

produção de algodão também caiu. Ao todo, foram colhidas 112,4 mil toneladas de algodão em caroço, volume 5,1% menor. A produtividade cresceu 2,7% e atingiu 3,8 toneladas por hectare. Já a área ficou 7,5% inferior, com o uso de 29,4 mil hectares.

Trigo dispara

produção de trigo deve alcançar 298,1 mil toneladas, alta de 73,9%. A área produtiva, 108,6 mil hectares, está 48,4% maior. Quanto à produtividade, é esperado aumento de 17,2% e colheita de 2,7 toneladas por hectare.

IBGE revisa para baixo projeção de crescimento para o País

Rio de Janeiro – A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve bater o recorde de 261,7 milhões de toneladas em 2022. Em relação ao ano passado, o aumento previsto é de 3,3% ou 8,5 milhões de toneladas. Porém, a estimativa de agosto ficou 0,7% abaixo do apurado em julho, ou 1,8 milhão de toneladas a menos.

Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a redução na estimativa de julho para agosto ocorreu devido à influência de questões climáticas.

“As principais variações negativas ocorreram no Paraná (-865.300 t), em Goiás (-559.010 t), em Minas Gerais (-532.786 t), no Ceará (-70.185 t), em Alagoas (-24.753 t), no Espírito Santo (-30 t) e no Piauí (-10 t). Mas vale ressaltar que a área colhida alcançou 73 milhões de hectares, 6,5% maior (mais 4,5 milhões de hectares) que a área colhida em 2021 e 0,1% maior (mais 61,1 mil hectares) que no mês anterior. Esses números mostram que os produtores têm investido no aumento da produção da safra devido aos preços elevados das commodities agrícolas”.

As informações são do Diário do Comércio

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