As micoses são infecções causadas por fungos, cujas formas infectantes, estão intimamente relacionadas ao bioma e a fatores geo climáticos: solo, vegetação, clima, umidade, altitude, etc. As micoses atualmente são classificadas em grupos, de acordo com o envolvimento no tecido e o modo de entrada (mecanismo de infecção) no hospedeiro, a saber:
Superficiais: causadas por fungos que invadem apenas as camadas mais superficiais da pele ou pelo.
Exemplo: piedra, pitiríase;
Cutâneas: causadas por fungos que invadem toda a espessura da pele ou a parte queratinizada intrafolicular do pelo ou unha.
Exemplo: dermatofitoses(tineas), candidíase superficial;
Subcutâneas ou de implantação: Resultam da inoculação de um fungo patogênico por ocasião de um traumatismo, em geral cortes por plantas ou pela manipulação do solo, manifestando-se como lesão supurada da pele ou do tecido subcutâneo, produto da disseminação do fungo por contigüidade ou por via linfática.Exemplos: cromomicose, esporotricose, micetoma, feohifomicose subcutânea (fungos negros).
Exemplo: lobomicose e entomoftoromicose(aspecto tumoral); esporotricose, cromomicose, feohifomicose, micetoma ( aspecto de abcessos ou lesão granulomatosa com microabcessos);
Sistêmicas: adquiridas por inalação de conídios (formas infectantes), causam uma lesão primária pulmonar e as lesões extrapulmonares resultam de disseminação hematogênica.
Exemplo: blastomicose, coccidioidomicose, criptococose, feohifomicose sistêmica, histoplasmose, paracoccidioidomicose.
Oportunistas: acometem indivíduos com imunodeficiência. Porta de entrada variável, quadro clínico variável. As lesões podem ser cutâneas, subcutâneas, sistêmicas.
Exemplo: aspergilose, mucormicose, fusariose, candidíase sistêmica e pneumocistose.
Os sintomas das micoses dependem do tipo da micose e do estado imunitário do indivíduo. Variam de uma simples lesão na pele, até quadros graves com comprometimento sistêmico (disseminado) que podem evoluir para o óbito. Considerando a importância das micoses endêmicas (sistêmicas e de implantação) na saúde pública brasileira, o Ministério da Saúde está em processo de estruturação de um sistema de vigilância, com vistas a conhecer a real magnitude dessas doenças para subsidiar a adoção de políticas específicas de prevenção, assistência e controle.
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