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Vendas de combustíveis têm recorde no Estado
Em 2022, redução das alíquotas de impostos, principalmente na gasolina, também “turbinou” vendas em Minas
A retomada completa das atividades econômicas após o período mais crítico da pandemia de Covid-19 e a redução das alíquotas de impostos incidentes sobre os combustíveis, principalmente na gasolina, – o que reduziu os preços para os consumidores – foram fundamentais para o maior consumo em 2022. Em Minas Gerais, as vendas pelas distribuidoras dos derivados combustíveis de petróleo e biocombustíveis cresceram 3,6% no ano passado. Ao todo, foram vendidos 15,6 milhões de metros cúbicos no Estado ante os 15,06 milhões de metros cúbicos vistos em 2021. O volume foi o maior já comercializado em Minas Gerais.
De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dentre os combustíveis, a maior alta foi registrada no consumo da gasolina, que chegou a 4,2 milhões de metros cúbicos e superou em 16,1% o volume registrado em 2021. Alta também foi vista no diesel, 3%. No período, somente as vendas de etanol hidratado apresentaram menor demanda e encerraram o ano com queda de 16,8% se comparado com 2021.
Portanto, no ano passado, as vendas foram impulsionadas tanto pela retomada das atividades como também pelos preços mais acessíveis dos combustíveis.
A queda de preços foi estimulada, em parte, pela redução da alíquota do ICMS incidente sobre combustíveis, lei que passou a vigorar em julho. No Estado, conforme estabeleceu a Lei Complementar 194/22, o ICMS sobre combustíveis ficou limitado em 18%. No caso da gasolina, antes da lei o índice era de 31%.
Conforme os dados da ANP, ao longo de 2022, o consumo de todos combustíveis em Minas chegou a 15,6 bilhões de metros cúbicos – volume 3,6% maior que em 2021. Somente em dezembro, foram vendidos 1,3 milhão de metros cúbicos, ou seja, 3,5% a mais que em dezembro de 2021, e 4,6% a mais que em novembro de 2022.
Dentre os combustíveis mais consumidos, o destaque do ano foi a gasolina. As vendas do combustível encerraram 2022 em 4,28 milhões de metros cúbicos – alta de 16,1% sobre os 3,69 milhões de metros cúbicos vistos em 2021.
Ao longo de dezembro, a comercialização desse combustível no Estado chegou a 456,6 mil metros cúbicos, o que representa aumento de 13,4% se comparado com os 402,4 mil metros cúbicos vistos em dezembro de 2021, e avanço de 18,9% frente a novembro.
Alta também nas vendas de diesel, porém, o avanço foi bem menor que o observado na gasolina. Ao todo, foram 7,71 milhões de metros cúbicos de óleo diesel vendidos em território mineiro em 2022 – variação positiva de 3%. Ao contrário da gasolina, a alíquota do ICMS incidente sobre o diesel no Estado não foi reduzida, já que a praticada era inferior ao teto estipulado.
Somente em dezembro, as vendas de diesel foram de 590 mil metros cúbicos, volume apenas 0,17% maior que os 589,6 mil metros cúbicos registrados no último mês de 2021. Porém, frente a novembro o consumo retraiu 5,6%, já que no mês anterior, as vendas somaram 626,1 mil metros cúbicos em Minas.
Ao contrário da gasolina e do diesel, no ano passado, as vendas de etanol hidratado ficaram menores. No caso do biocombustível, os postos de Minas Gerais comercializaram 1,9 milhão de metros cúbicos de etanol em 2022, o que equivale a uma redução de 16,8%.
Em dezembro, as vendas do etanol hidratado somaram 148,5 mil metros cúbicos, queda de 11,7% se comparada com o último mês de 2021, quando a comercialização totalizou 168,1 mil metros cúbicos. Já na comparação com novembro de 2022, as vendas do biocombustível subiram 10,5%. Assim como na gasolina, houve redução do ICMS incidente no preço do etanol, com a alíquota caindo de 16% para 9,29%.
A comercialização do gás liquefeito de petróleo (GLP) somou 1,26 milhão de metros cúbicos vendidos pelas distribuidoras em Minas em 2022. Um ano antes foram 1,26 milhões de metros cúbicos, indicando recuo de apenas 0,1% na comercialização.
No caso do querosene de aviação, foram 236,4 mil metros cúbicos no exercício passado, contra 164,1 mil metros cúbicos em 2021. Isso representou uma alta de 44% entre os períodos.
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