DestaqueInformaçãoManhã do OuvinteSAÚDE EM FOCO
SAÚDE EM FOCO
Transplante de coração: Quando não é recomendado
O transplante cardíaco possui contraindicação nas seguintes situações:
1. Contraindicações absolutas
Ainda existem algumas contraindicações consideradas absolutas para o transplante cardíaco, ou seja, onde não é permitida a realização desta cirurgia, como:
Incompatibilidade sanguínea entre receptor e doador;
Insuficiência hepática ou renal irreversível;
Infecção local ou sistêmica ativa;
Diabetes mellitus com danos em outros órgãos, como nefropatia, neuropatia ou retinopatia;
Doença pulmonar grave;
Embolia pulmonar com menos de três meses;
Hipertensão pulmonar ou resistência vascular pulmonar irreversíveis;
Doença psiquiátrica grave;
Uso ativo de drogas de abuso;
Tabagismo ativo;
Expectativa de vida menor que dois anos;
Doenças, como amiloidose, sarcoidose, hemocromatose ou lúpus;
Câncer ativo;
Histórico de câncer nos últimos 5 anos, exceto câncer de pele não melanoma localizado, ou câncer de mama ou próstata no estágio 1.
Além disso, o transplante de coração é contraindicado nos casos de infecções virais crônicas, como HIV, hepatite B ou C. No entanto, nesses casos o transplante pode ser realizado se a contagem viral for indetectável e não existem evidências de danos em outros órgãos.
Outra contraindicação absoluta é no caso de pessoas que não se comprometam ou sejam incapazes de fazer mudanças de vida após o transplante, como não fumar, não usar drogas de abuso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não seguir o tratamento após o transplante.
2. Contraindicações relativas
Com o avanço da medicina, algumas situações que antes eram consideradas contraindicações absolutas, passaram a ser avaliadas caso a caso, como é o caso de pessoas com mais de 70 anos, porém com grande chance de se beneficiarem com o transplante. Pacientes com alteração nos rins ou fígado, a depender do centro hospitalar onde será realizada a cirurgia, pode se beneficiar com o transplante de múltiplos órgãos como coração e rim ou coração e fígado.
Essas condições devem ser avaliadas individualmente pelo médico, que irá verificar os benefícios e os riscos relacionados a esse procedimento.
Possíveis riscos
A cirurgia de transplante de coração está associada a alguns riscos, por isso é necessário que o paciente permaneça em internamento no hospital após a cirurgia e seja regularmente monitorado após a alta. Assim como qualquer outro procedimento invasivo, há aumento do risco de infecção após o procedimento.
Além disso, há possibilidade de haver rejeição ao órgão transplantado, principalmente durante os primeiros 5 anos, aumento da chance de desenvolvimento de aterosclerose, que corresponde ao entupimento das artérias cardíacas, e aumento do risco de desenvolver câncer, pelo uso de imunossupressores.
Comentários