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Emílio Santiago começou sua carreira nos anos 70, cantando em festivais de música estudantil (e vencendo todos!). Sua ideia, naquela época, não era ser cantor, mas sim diplomata. Ele ficou extremamente incomodado quando soube que o Brasil não tinha nenhum diplomata negro no Itamaraty e, por isso, foi cursar a Faculdade de Direito.

Ele já cantava em bares e rodas de amigos da Faculdade Nacional de Direito, quando seus amigos o inscreveram, de surpresa, no seu primeiro festival estudantil e ele venceu, chamando a atenção dos jurados, entre eles, da cantora Beth Carvalho. Mesmo tendo concluído a faculdade de Direito, a partir daí a música já falou mais alto na vida de Emílio Santiago, lançou o seu primeiro disco em 1975.

Emílio Santiago só estourou definitivamente e tornou-se um cantor popular entre as massas, no ano de 1988, quando foi convidado pelo produtor Roberto Menescal para gravar o álbum Aquarela Brasileira, emprestando sua voz incrível para cantar o que de melhor havia na música brasileira, reunindo sambas, boleros, música romântica e muito mais, entre clássicos revisitados e algumas canções inéditas.

Em 2011, o cantor ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba–Pagode, com o disco Só Danço Samba Ao Vivo. Com a capacidade de escolher um repertório sofisticado e de extremo bom gosto, Emílio interpretou grande parte dos maiores compositores da MPB.

No dia 7 de março de 2013, Emílio deu entrada no Hospital Samaritano, NO Rio de Janeiro, onde ficou internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após sofrer um acidente vascular cerebral. De acordo com a direção do hospital, o cantor morreu às 6h30 da manhã do dia 20 de março de 2013, aos 66 anos.