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SAÚDE EM FOCO

Em muitos casos, a COVID longa se parece com a fadiga crônica

Embora a maioria dos pacientes se recupere da COVID-19 aguda, alguns apresentam sequelas
pós-agudas da infecção (SPAI). Um subgrupo destes pacientes tem o que se chama de
síndrome “COVID-19 longa”, que lembra a encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga
crônica.
A encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica é uma condição debilitante,
frequentemente desencadeada por infecções virais e bacterianas, levando a sintomas
debilitantes de anos. Estas são doenças complexas que afetam 1 milhão a 2,5 milhões de
pessoas nos Estados Unidos. O quadro é caracterizado por um conjunto de sintomas, incluindo
fadiga severa e debilitante, sono interrompido e não reparador, dificuldade de pensar (comumente chamada de ;névoa do cérebro), anormalidades do sistema nervoso autônomo
e mal-estar pós-esforço – um surto de múltiplos sintomas após esforço físico ou cognitivo.
Em um novo estudo, pesquisadores destacam a evidência observada tanto no COVID agudo
quanto na encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica de vários distúrbios biológicos
subjacentes. Em particular, os pesquisadores sugerem um papel central para a forma como as
células se comportam quando muitas moléculas de oxigênio se acumulam em uma célula – um
processo chamado estresse oxidativo ou desequilíbrio redox. A equipe descreve como o
desequilíbrio redox pode estar conectado à inflamação e aos distúrbios do metabolismo
encontrados nas duas doenças.
Esses fenômenos ainda não foram bem estudados em pessoas com COVID-19 longo, e cada um
deles também foi relatado em outras doenças, particularmente doenças neurológicas.
Também foi examinada a relação bidirecional entre o desequilíbrio redox, inflamação, déficits
metabólicos de energia e um estado hipometabólico, especulando sobre o que pode estar
causando essas anormalidades. Assim, a compreensão das bases moleculares destes quadros
tão semelhantes pode levar ao desenvolvimento de novas terapêuticas. (Fonte:
www.boasaude.com.br)

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