“É curioso que a vida, quanto mais vazia, mais pesa.” (Leon Daudi). O dom da existência é uma
dádiva de valor incalculável. É incrível como ninguém é igual a ninguém. Sem contar que todos
são livres para assumir características próprias e modos singulares de viver. O ambiente onde
cada qual se insere ou é inserido acaba influenciando no jeito de ser. A grande maioria
preenche a vida com um significado pleno, enquanto alguns não se importam com a
construção diária do ser. É comum ver pais orgulhosos do itinerário de seus filhos e
agradecidos pela graça de serem pais de pessoas que são do bem. Não poucas vezes num
momento de dor algumas famílias se perguntam: ‘onde foi que erramos?’ Educar filhos, num
mundo que oferece o bem e também o mal, não é tarefa fácil. As escolhas centradas na
aparência nem sempre favorecem a alegria de viver. Muitos vivem uma vida angustiada por
causa do vazio, que se torna um exagerado peso existencial. A constatação mais comum é que
o vazio naturalmente não teria nenhum peso. Mas quando se trata da vida, a questão adquire
outra concepção: o que não deveria ter peso, acaba pesando demais. Uma vida vazia é
marcada pela insatisfação, pela ausência de sonhos e pela indiferença diante da felicidade.
Gosto de pensar a vida como um todo que supõe gratidão por existir, alegria em servir,
seriedade em aprender, perdão para melhor conviver e esperança para ser capaz da
superação. Com tantas possibilidades, tomara que ninguém opte por uma vida vazia e, ao
mesmo tempo, pesada. Viver levemente é extraordinário.
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