O beijo é um ato muito comum de afeto, mas que pode, dependendo da situação, trazer complicações graves para a saúde das pessoas envolvidas. Beijar pessoas com herpes labial não só leva ao risco de transmissão pelo vírus, como pode também ser meio de transporte para outras doenças, como a meningite.
Raquel Muarrek, médica infectologista do São Luiz e da Medicina Interna Personalizada (MIP), explica que a herpes existe no mundo há mais de quatro décadas e é transmissível por contato ou lesão ativa. Ações como o beijo, sexo desprotegido, compartilhamento de copos e objetos pessoais, como a maquiagem, são fatores de riscos para a contaminação.
A especialista conta que mais de 60% da população já entrou em contato com alguém com herpes. O vírus fica ativo por 10 dias e, mesmo após esse período, ainda pode permanecer presente na região em que as lesões se manifestaram.
Depois da primeira infecção (primária), o vírus da herpes se mantém dormente (latente) no corpo e pode ser periodicamente reativado e causar sintomas.
“Cerca de 40% das pessoas terão recorrência de lesões de 3 a 4 vezes ao ano. Uma parcela pode entrar em contato e ser portador do vírus, sem ter sintomas. Tudo depende do grau de contaminação”, conta Raquel.
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