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SAÚDE EM FOCO

Quando fazer um check-up cardíaco?

O check-up cardiológico é composto por exames complementares ao histórico clínico e à avaliação física. Assim, sua indicação varia de acordo com as necessidades de cada paciente. No entanto, contrariando as orientações médicas, muitas pessoas, simplesmente, não fazem ou deixam para realizar os exames cardiológicos apenas em situações atípicas, como para a liberação para práticas esportivas e cirurgias ou após a ocorrência de algum problema (como um infarto, por exemplo).

A avaliação e o monitoramento da função cardíaca, realizadas periodicamente, são essenciais para prevenir o aparecimento ou a piora de doenças cardiovasculares. Isso porque permitem identificar, de maneira precoce, fatores de risco importantes, como placas de gordura, hipertrofia, arritmias, pressão elevada, entre outros.

De acordo com as características de cada paciente, os especialistas podem solicitar diferentes tipos de exames cardiológicos. São eles:

Eletrocardiograma (ECG), no qual são colados vários eletrodos no tórax, punhos e tornozelos, com o intuito de checar a atividade elétrica do coração e detectar possíveis alterações no ritmo cardíaco (como arritmias);

Holter 24 horas, no qual os eletrodos ficam posicionados no tórax ao longo de um dia inteiro, de modo a viabilizar uma avaliação prolongada da atividade elétrica do coração e identificação de quaisquer variações espontâneas;

Ecocardiograma com doppler, no qual o examinador utiliza um transdutor (mesmo tipo de aparelho usado em ultrassonografias) para percorrer o tórax do paciente e, assim, captar as imagens do coração;

Teste ergométrico (ou eletrocardiograma de esforço), no qual o paciente fica alguns minutos em uma esteira, conectado a eletrodos, com o intuito de checar seu desempenho cardíaco e função respiratória;

Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), no qual o paciente usa um aparelho que afere a pressão arterial por 24 horas, inclusive, durante o sono.

De maneira geral, em pacientes “normais” (assintomáticos), recomenda-se a realização do check-up cardiológico anual após os 35 anos de idade. Vale destacar que a prevenção primária é importante, principalmente, para os indivíduos sedentários — mesmo que sem histórico familiar de doenças cardiovasculares.

Já para quem tem propensão genética, ou seja, história familiar de eventos cardiovasculares precoces (como colesterol alto na família), é preciso se cuidar mais cedo. Nesses casos, deve-se fazer os exames a partir dos 30 anos.

O acompanhamento periódico permite ao especialista responsável elaborar um escore do risco de desenvolver um evento agudo. Com esses dados, ele pode traçar a melhor estratégia de prevenção aos eventos cardiovasculares e distúrbios associados para cada paciente.

Mas atenção: considerando que as doenças cardiovasculares são reconhecidas como as causas prevalentes da morbidade e mortalidade em todo o mundo, outra forma de minimizar os fatores de risco (hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias) é por meio do rastreamento universal. Para isso, deve-se realizar exames de rotina, como o perfil lipídico e a glicemia de jejum, desde a juventude.

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