O tratamento do Lúpus, assim como para outras doenças crônicas como câncer, hipertensão e diabetes, é mais paliativo e tem por objetivo controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida da pessoa. Isso porque, até o momento, Lúpus não tem cura.
O tratamento é diferenciado para cada caso, conforme os níveis de intensidade e agressividade da doença.
Lúpus leve pode ser tratado com:
Anti-inflamatórios não esteroides para artrite e pleurisia.
Protetor solar para as lesões de pele.
Corticoide tópico para pequenas lesões na pele.
Droga antimalárica (hidroxicloroquina) e corticoides de baixa dosagem para os sintomas de pele e artrite.
Lúpus graves ou que levem a pessoa ao risco de morte, são tratados com:
Alta dosagem de corticoides ou medicamentos para diminuir a resposta do sistema imunológico do corpo (imunossupressores).
Drogas citotóxicas (drogas que bloqueiam o crescimento celular), quando não houver melhora com corticoides ou quando os sintomas piorarem depois de interromper o uso.
IMPORTANTE: Os medicamentos usados na forma grave da doença têm, também, efeitos colaterais graves, exigindo monitoramento médico especialista frequente e constante.
Lúpus tem cura?
A medicina e a ciência ainda não encontraram uma cura para Lúpus, no entanto o prognóstico, ou seja, o tratamento paliativo, quando aplicado de forma adequada, pode controlar e até fazer desaparecer os sintomas da doença. Por isso, com o acompanhamento e tratamento corretos, ambos oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível levar uma vida normal.
Quais são as complicações possíveis do Lúpus?
Se não tratado corretamente, o Lúpus pode desenvolver complicações graves a diversos órgãos e tecidos do corpo humano, podendo provocar, inclusive, a morte da pessoa.
As principais complicações do Lúpus costumam acontecer nos seguintes órgãos:
Rins: a falência dos rins está entre as principais causas de morte por complicações de lúpus nos primeiros cinco anos do diagnóstico da doença. Alguns sintomas são comuns nessa fase: irritação, coceira generalizada, dores no peito, falta de ar, náuseas, vômito e edemas.
Cérebro: se a doença tiver chegado ao cérebro, a pessoa pode apresentar alguns sintomas específicos, como dor de cabeça, confusão, tontura, mudanças de comportamento, alucinações, derrames cerebrais (AVC) e convulsões.
Vasos sanguíneos: anemia, aumento no risco de sangramentos e inflamação dos vasos (vasculite) estão entre as principais complicações possíveis decorrentes de lúpus. Em alguns casos, é preciso doação de sangue no tratamento.
Pulmões: o lúpus também pode levar à pleurisia, que é uma inflamação dos tecidos que revestem os pulmões e a caixa torácica, o que pode provocar muita dor durante a respiração.
Coração: pode ocorrer também, em alguns casos, a inflamação dos músculos do coração e artérias, aumentando significativamente as chances de um infarto.
Além disso, o lúpus pode acarretar outros problemas de saúde, ou desenvolver os que já existem, como, por exemplo:
Infecção: tanto a doença quanto o tratamento do Lúpus atacam o sistema imunológico da pessoa, o que abre espaço para entrada de infecções. As mais comuns são no trato urinário e respiratório.
Câncer: o lúpus também pode provocar o surgimento de tumores ou agravar os que a pessoa tiver.
Necrose avascular: ocorre a morte das células que revestem os ossos, causando pequenas fraturas e o rompimento de muitas articulações, em especial as do quadril.
Complicações na gravidez: as mulheres que sofrem de lúpus e engravidam geralmente são capazes de manter a gravidez e dar à luz um bebê saudável, desde que não sofram de doença renal ou cardíaca grave e que o lúpus esteja sendo tratado adequadamente. No entanto, as chances de perda na gravidez aumentam consideravelmente.
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