Nesta fase também devemos aconselhar aspectos como: esvaziamento mamário se houver excesso de leite residual, alternar as mamas, evitar ofertar somente uma mama (pois muitos bebês optam por uma lateralidade), massagens, tratamento de fissuras por pressão e evitar sutiã muito apertado.
Isso tudo pois, se houver excesso de leite represado, as coleções lácteas podem se complicar com cistos lácteos (galactocele), obstrução de ductos mamários e até mesmo infecção (mastites).
Estes cistos de represamento de leite podem ser revertidos com massagem e ordenha na mama afetada. Se houver obstrução de ductos importantes e não for possível reverter com medidas conservadoras, muitas vezes se faz necessária a drenagem aspirativa com agulha ou drenagem cirúrgica destes cistos complicados.
Após a drenagem de cistos complicados ou abscessos infectados, é possível retomar o aleitamento com a mama operada, desde que a mãe estimule a pega o mais precocemente possível.
Em alguns casos, pode ocorrer maior dificuldade em amamentar com a mama afetada, mesmo após o tratamento, ou até limitação pela dor no pós-operatório imediato. É possível, então, poupar a mama por alguns dias e, após a melhora, voltar a ofertar a mama ao bebê.
Podemos corrigir os eventos que aumentam riscos de complicações no aleitamento (fissuras, pega incorreta, represamento de leite, baixa oferta de uma das mamas), pois, adotando tais condutas, os riscos de complicações reduzem bastante ao longo dos meses do aleitamento.
Se ocorrer alguma complicação, é possível corrigir e seguir com o aleitamento, mas não é incomum o desmame por alteração na produção de leite local após complicação, dor crônica e desestímulo ao aleitamento.
Ter equipe profissional de consultoria ao aleitamento juntamente com a equipe médica é fundamental no auxílio da mãe que enfrenta este momento.
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