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SAÚDE EM FOCO

Formas de transmissão do botulismo

Botulismo alimentar –  Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados. O período de incubação (entre o consumo e o início dos sinais e sintomas) pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas. Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.

Botulismo intestinal –  Neste tipo de botulismo, os esporos contidos em alimentos contaminados, tornam-se viáveis, se fixam e multiplicam no intestino, onde ocorre a produção e absorção de toxina. Em adultos são descritos alguns fatores de risco, como cirurgias intestinais, Doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por tempo prolongado, que levaria à alteração da microbiota intestinal. Não se sabe o período de incubação deste tipo da doença porque é impossível saber o momento da ingestão dos esporos.

Botulismo por ferimentos – Uma das formas mais raras, o botulismo por ferimentos é causado pela contaminação de ferimentos com C. botulinum. As principais portas de entrada para os esporos são úlceras crônicas com tecido necrótico, fissuras, esmagamento de membros, ferimentos em áreas profundas mal vascularizadas ou, ainda, aqueles produzidos por agulhas em usuários de drogas injetáveis e lesões nasais ou sinusais, em usuários de drogas inalatórias. O período de incubação pode variar de 4 a 21 dias, com média de 7 dias.

Botulismo infantil – Este tipo de botulismo é uma forma de ocorrência intestinal mais frequente em crianças com idade entre 3 e 26 semanas, tendo uma das principais causas o consumo de mel de abelha nas primeiras semanas de vida. Os casos de botulismo infantil têm sido notificados na Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul. A incidência e a distribuição real não são precisas porque os profissionais de saúde, em poucas ocasiões, suspeitam de botulismo. Esta doença pode ser responsável por 5% dos casos de morte súbita em lactentes.

A melhor prevenção está nos cuidados com o preparo, consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além, é claro, da higiene dos alimentos e das mãos. Toda atenção é pouca, por isso adote algumas medidas para evitar a contaminação pela bactéria causadora do botulismo.

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