Cantor FavoritoDestaqueInformaçãoSintonia da Tarde
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DO SEU ARTISTA FAVORITO!
Tears for Fears
Orzabal e Smith formaram o Tears for Fears no início dos anos 1980, quando eram adolescentes. O nome foi inspirado na controversa Teoria do Grito Primal de Arthur Janov — que seduziu até John Lennon e e Yoko Ono, e pregava se libertar dos traumas por meio de berros vigorosos. Logo de saída, em suma, o Tears for Fears foi na contramão do pop acéfalo daquela década. A dupla cantou suas dores em canções sentimentais, mas que não deixavam de ser grudentas. Eles lançaram apenas três discos entre 1983 e 1989. Mas, mestres em criar refrões antológicos, emplacaram no período arrasa-quarteirões como Shout, Mad World e Everybody Wants to Rule The World — até hoje, quatro décadas depois, são canções que ainda reverberam nas rádios e no streaming.
No início dos anos 1990, divergências criativas fizeram com que a dupla se separasse. A ferida ficou aberta por nove anos, período em que os dois não se falaram. Na mesma época, Orzabal lançou dois esquecíveis álbuns que levavam o nome da banda e Smith tentou uma irrelevante fase-solo. Até que um perrengue forçou uma reaproximação: diante das dívidas deixadas por um antigo empresário, os dois tiveram de se falar de novo. Na conversa, constataram que haviam superado as desavenças, e que um dependia do outro (inclusive para voltar a faturar com a música). Em 2004, saiu um álbum feito para marcar o final feliz da veterana dupla: Everybody Loves a Happy Ending, com direito a uma extensa turnê mundial e passagem até pelo Rock in Rio, no Brasil.
A morte de Caroline adiou os planos de aposentadoria: o novo álbum nasceu como uma espécie de sessão de terapia para ambos. E mostrou que a poesia sincerona é, afinal, a grande arma da dupla: o disco contém faixas que lembram seus melhores momentos, como My Demons, com seus sintetizadores e arranjos infalíveis. O universo devolveu em dobro a inspiração: depois de 23 anos fora do top 10 da revista Billboard, a dupla voltou ao ranking no oitavo lugar, ensanduichada entre o pop punk de Olivia Rodrigo e Avril Lavigne. As estrelas do pop de hoje têm muito a aprender com os sessentões do Tears for Fears.
Comentários