O quadro clínico do herpes-zóster, ou seja, os sinais e sintomas da doença, é quase sempre típico. Na maior parte dos casos, antecedem às lesões cutâneas (na pele) os seguintes sintomas:
Dores nevrálgicas (nos nervos);
Parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc);
Ardor e coceira locais;
Febre;
Dor de cabeça;
Mal-estar.
A lesão elementar é uma vesícula sobre a vermelhidão da pele.
A erupção é unilateral, raramente ultrapassa a linha mediana e segue o trajeto de um nervo. Surge de modo gradual e leva de 2 a 4 dias para se estabelecer. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são:
A torácica (53% dos casos);
Cervical (20%);
Correspondente ao trajeto do nervo trigêmeo (15%);
Lombossacra (11%).
Em pacientes imunodeprimidos, ou seja, que fizeram transplante e tomam imunossupressores, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas. O envolvimento do VII par craniano, ou seja, de nervos que fazem conexão com o cérebro, leva à combinação de paralisia facial periférica e rash no pavilhão auditivo, denominada síndrome de Hawsay-Hurt, com prognóstico de recuperação pouco provável. O acometimento do nervo facial (paralisia de Bell) apresenta a característica de distorção da face. Lesões na ponta e asa do nariz sugerem envolvimento do ramo oftálmico do trigêmeo, com possível comprometimento ocular.
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