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Ele é o compositor por trás de grandes sucessos da música brasileira. Aroldo Alves Sobrinho ficou conhecido por um apelido no diminutivo: Peninha. Aos 70 anos, o músico é dono de uma obra que já foi gravada por Roberta Miranda, Tim Maia, Caetano Veloso, Sandra de Sá, Fábio Júnior, Daniel, José Augusto, Alexandre Pires, e muitos outros.

Nascido em São Paulo, ele começou a carreira artística com apenas 19 anos, em 1972, quando gravou o seu primeiro compacto pela RCA-Victor. O reconhecimento do público não demorou, e, em 1977, Peninha estourou em todo o Brasil, quando a música “Sonhos” entrou para a trilha sonora da novela “Sem Lenço, Sem Documento”, da Rede Globo, atingindo milhões de cópias vendidas e rendendo um disco de ouro para o intérprete.

“Sonhos” fez tanto sucesso que ganhou uma regravação de Caetano Veloso. A música fala sobre um relacionamento amoroso, em que o intérprete é avisado de que seu amor está apaixonado por outra pessoa, a pura cara da desilusão. Mas Peninha, ao contrário, aproveita a experiência para aprender com a vida. Décadas depois, Caetano seria novamente responsável por uma versão definitiva de uma canção de Peninha. “Sozinho”, de 1997, entrou definitivamente para o repertório de shows do baiano, que quase desistiu de gravar a canção depois de ouvi-la na voz poderosa de Tim Maia, em uma gravação que ele considerou insuperável. Sandra de Sá também a regravou. 

Na voz do próprio Peninha, a canção “Matemática” arrebatou corações angustiados, mostrando que a pena do compositor para falar de relacionamentos amorosos era inesgotável. Peninha pertence à tradição dos cantores românticos mais populares do país, muitas vezes taxados pejorativamente de bregas, mas que são adorados pelo povo, geração após geração.