Nosso corpo é como uma máquina: precisa estar sempre abastecido para funcionar corretamente. Por isso, de acordo com médicos e nutricionistas, devemos ingerir alimentos que reforçam a saúde e em intervalos de, no máximo, três horas.
“A fome é um sinal de que necessitamos de energia. Mas sempre que demoramos mais de três horas para comer o ritmo metabólico diminui, pois o organismo ‘interpreta’ o jejum como um período de inanição”, explica André Veinert, nutrólogo na clínica Healthme. Por outro lado, com o hábito de lanchar entre o café da manhã, o almoço e o jantar, e de fazer uma ceia antes de dormir, a taxa de glicose (açúcar do sangue) fica regulada e o metabolismo permanece ativo.
Portanto, ingerir pequenas porções e com mais frequência, ao contrário do que se imagina, ajuda a emagrecer, pois o organismo não armazena energia para suportar o tempo em que ficará sem receber nutrientes. O nosso corpo “entende” que uma nova refeição virá e que não precisa “estocar” nada.
E se não comer?
A primeira consequência de se alimentar depois de muito tempo de jejum é o nível de glicose, que acaba atingindo picos. Isso estimula a liberação exagerada da insulina, hormônio que promove o estoque de gordura na região abdominal. Também pode ocorrer uma hipoglicemia (diminuição do índice de glicose), o que causa mal-estar e sonolência.
Além disso, quem fica muito tempo com fome come mais do que o necessário quando chega à mesa. “Com horários regrados, quem está no peso consegue mantê-lo e quem quer perder alguns quilos consegue, pois não ingere calorias a mais”, diz Simone Farias, nutricionista do Hospital São José. Além disso, tem mais disposição para o trabalho, exercícios físicos e demais atividades do dia a dia.
Eduque seu corpo
Os especialistas garantem que pegar o ritmo não é tão difícil. A dica é fazer as principais refeições nos mesmos horários e ter pequenos “truques” sempre à mão, como barras de cereal light, frutas ou biscoitos integrais para os lanches da manhã e da tarde. Use o despertador do celular para não se esquecer de comer!
Tome cuidado também para não cair nas armadilhas das dietas, como proibir alimentos, não aguentar ficar sem deles e recuperar o “tempo perdido” depois.
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