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Obesidade infantil: descubra a relação dela com a desnutrição

De acordo com Carolina Böettge Rosa, professora do curso de nutrição do Centro Universitário Cesuca, a desnutrição infantil é uma condição caracterizada quando uma criança não recebe os nutrientes adequados para seu crescimento e desenvolvimento saudável.

“Isso pode ocorrer devido à ingestão insuficiente de alimentos, falta de variedade na dieta, má absorção de nutrientes ou condições médicas específicas”, explica a docente. No Brasil, uma das principais causas de desnutrição é a insegurança alimentar, realidade de cerca de 33 milhões de brasileiros, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de COVID-19, da rede Penssan, lançado em 2022.

Ainda segundo a pesquisa, mais da metade (58,7%) da população brasileira enfrenta situação de fome, em diferentes graus (leve, moderado ou grave). Esses números representam um regresso para um patamar equivalente ao da década de 1990.

Esse cenário traz grandes riscos para a saúde da criança, conforme aponta Carolina. É o caso do atraso no crescimento e desenvolvimento cognitivo, comprometimento do sistema imunológico, anemia, problemas digestivos, deficiências de vitaminas e minerais, problemas respiratórios e maior risco de mortalidade.

O que é obesidade infantil?

Por outro lado, a obesidade infantil no Brasil é a realidade de cerca de 340 mil crianças entre 5 e 10 anos de idade, segundo o relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde. Os números contemplam informações de até setembro de 2022.

A obesidade infantil é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de gordura corporal, o que pode estar relacionado a fatores genéticos, má alimentação, sedentarismo ou uma combinação desses fatores. A condição é diagnosticada levando em consideração o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), história familiar, hábitos alimentares, nível de atividade física e outras condições de saúde.

Entre os riscos que a obesidade apresenta para as crianças, estão o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, dislipidemia e resistência à insulina), diabetes tipo 2, problemas ortopédicos, distúrbios do sono, problemas psicossociais e respiratórios e esteatose hepática não alcóolica. (continua no programa da terça, 06/02/24)

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