DestaqueInformaçãoManhã do OuvinteSAÚDE EM FOCO

SAÚDE EM FOCO

Ciência aponta por que você deve limitar o uso de telas por crianças pequenas

Crianças pequenas que passam no máximo uma hora em frente às telas e praticam atividades físicas apresentam melhor desempenho em funções como atenção, memória e controle das emoções. É o que aponta um estudo publicado no Journal of Pediatrics, que acompanhou 356 meninos e meninas de dois anos de idade.

Não é a primeira vez que estudos demonstram os benefícios das atividades físicas ao ar livre para essa faixa etária — e, por consequência, a limitação do uso de aparelhos eletrônicos. A nova pesquisa avaliou a influência desses fatores no desenvolvimento da criança e de que modo eles afetam habilidades como planejar, prestar atenção, regular pensamentos e comportamentos.

Destaca-se que, até os cinco anos de idade, o cérebro humano se desenvolve rapidamente, com grande proliferação dos hormônios e conexão, o que forma a base para o funcionamento cerebral durante a vida. Por isso, é indispensável que, durante esse período, a criança desenvolva suas habilidades de comunicação, interação social e funções executivas.

Isso pode ser feito a partir da prática de atividades e brincadeiras ao ar livre, que aperfeiçoam a capacidade de coordenação motora e favorecem aspectos de interação social, melhorando o bem-estar das crianças. A ausência desses estímulos para essa faixa etária pode provocar prejuízos em seu funcionamento nas fases posteriores da vida.

Quais os prejuízos do contato excessivo com as telas?

O contato exagerado com as telas na infância pode ter impactos profundos na saúde física e mental das crianças pequenas. Ressalta-se que, embora seja difícil erradicar os dispositivos eletrônicos da rotina, bebês com menos de dois anos não devem ter acesso a eles e o uso por crianças com menos de cinco anos deve ser minimizado ao máximo. A Academia Americana de Pediatria recomenda que o tempo máximo deve ser de uma hora por dia.

Isso porque os jogos de videogame, por exemplo, podem estimular um circuito cerebral relacionado à sensação de prazer e recompensa — o que provoca situações de impulsividade e dificuldade do controle inibitório. Além de deixar as crianças mais agitadas, pode causar situações de frustração e irritabilidade. O mesmo pode ser observado em adolescentes que utilizam as redes sociais em excesso.

Ao mesmo tempo em que afeta o aspecto social, crianças que passam muito tempo em frente à televisão, tablet ou celular também apresentam maior risco de desenvolver problemas de atenção e hiperatividade, obesidade, sono e baixo rendimento escolar. Um estudo de 2020 publicado na Preventive Medicine Reports também demonstrou um aumento nas chances da criança apresentar depressão e ansiedade.

Comentários

Artigos Relacionados

Veja Também

Fechar
Fechar