Tanto o carcinoma papilífero quanto o folicular costumam ser assintomáticos nas fases iniciais.
Quando os sinais aparecem, o mais comum da doença costuma ser o aparecimento de nódulo
palpável ou visível na região da tireoide ou do pescoço. Em estágios mais avançados, podem
ocorrer também aumento dos gânglios linfáticos e do volume do pescoço, rouquidão, tosse
persistente, dificuldade para engolir e sensação de compressão da traqueia.
Diagnóstico
O diagnóstico de câncer na tireoide considera os achados no exame clínico de palpação da
glândula e a presença de gânglios linfáticos aumentados. Entretanto, como apenas pequeno
número de nódulos é palpável, exames de imagem como a ultrassonografia, a cintilografia e a
ressonância magnética são recursos úteis para o diagnóstico. O mais importante, porém, é a
biopsia de aspiração com agulha fina para identificar a presença ou não de células tumorais
malignas.
Tratamento
Em geral, o tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico (tireoidectomia total ou parcial) e
leva em conta o tipo e a gravidade da doença. Caso as células malignas tenham comprometido
os gânglios cervicais, é necessário retirá-los.
Rouquidão e queda de cálcio são complicações da tireoidectomia associadas a lesões de
estruturas como os nervos laríngeos e as glândulas paratireoides respectivamente durante a
cirurgia.
Depois de quatro a seis semanas da intervenção, o paciente recebe doses terapêuticas de iodo
radioativo em ambiente hospitalar para extinguir qualquer tecido remanescente de células
tumorais no corpo e evitar metástases. Quando os carcinomas papilíferos e foliculares não
respondem a esse tratamento, é possível recorrer à terapêutica antiangiogênica que consiste
em bloquear a formação de novos vasos sanguíneos para impedir que as células tumorais
recebam nutrientes e oxigênio através da circulação. O passo seguinte é indicar a reposição
hormonal com levotiroxina por via oral para substituir os hormônios que deixaram de ser
produzidos pela tireoide. Radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é recomendada na
ocorrência de tumores mais agressivos, como o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico.
Recomendações
Lembre-se de que o câncer de tireoide é tratável e são altos os índices de cura. Entretanto, em
aproximadamente 30% dos casos, a doença pode recidivar. Por isso, é fundamental manter o
acompanhamento médico por toda a vida, uma vez que o sucesso do tratamento está
diretamente correlacionado com o diagnóstico precoce;
Não se descuide da reposição do hormônio tiroxina que deixou de ser produzido naturalmente
pela tireoide depois que a glândula foi retirada. Ele é indispensável para a regulação
harmônica do metabolismo;
Procure adotar uma dieta equilibrada e saudável. Entre outras vantagens, a prática regular de
exercícios físicos vai ajudar a evitar o excesso de peso.
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