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SAÚDE EM FOCO

Prevenção: conte suas pintas e manchas

Muitos estudos já buscaram associar um número determinado de pintas e manchas no corpo a um maior risco de melanoma, um câncer de pele agressivo.

Levando em consideração um consenso de que cerca de 100 nevos (pintas ou sinais na pele de tamanho, cor e saliência variadas) pelo corpo indicam uma maior predisposição à doença, os autores de um estudo publicado em 2015 no periódico British Journal of Dermatology procuraram alguma parte do corpo que pudesse representar esse número em uma escala menor – para que pacientes não precisassem gastar muito tempo e esforço fazendo uma busca de dezenas de marcas em toda parte.

Considerando um grupo de milhares de mulheres inglesas e brancas, os cientistas definiram que a presença de 11 pintas ou manchas (com no mínimo 2mm de diâmetro) no braço direito é um indicativo de maior risco deste câncer – e, logo, da necessidade de mais precaução, como uso de protetor solar e consultas com especialistas.

O dermatologista oncológico Aldo Toschi, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, afirma que este tipo de busca pelo próprio paciente ajuda na compreensão dos riscos da doença pelos leigos e pode fazer com que estes cheguem mais cedo ao especialista caso haja algum motivo de desconfiança.

Mas, claro, esta tarefa caseira não deve levar nem a um relaxamento no caso daqueles que não verificam tantas pintas e manchas, nem a um desespero para os que encontram.

“É fundamental considerar outros aspectos, como o histórico familiar da doença, a exposição ao sol e o tipo de pele, já que pessoas com peles, cabelos e olhos claros têm maior risco”, explica.

Ele diz ainda que, no consultório, é comum que especialistas avaliem também o número, concentração e características de marcas na pele em partes do corpo como as costas, os ombros e as mãos. Com a experiência, estes profissionais não precisam fazer contagens exatas, mas estão acostumados a ficar alertas com nevos assimétricos, com bordas irregulares e cores variadas em uma mesma mancha.

Em seguida, essa análise no contato direto com o paciente é aprimorada com exames como a dermatoscopia e mapeamento corporal.

Toschi acrescenta ainda que, hoje, os médicos tendem a ficar mais alertas com manchas com a partir de 6mm de diâmetro. (Fonte: G1)

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