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José Domingos de Morais
José Domingos de Morais, nasceu em Garanhuns-PE, 12 de fevereiro de 1942 e faleceu
em São Paulo, no dia 23 de julho de 2013, conhecido como Dominguinhos, foi
um instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como
mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Teve em sua formação musical
influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz.
Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que
lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu a
tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em
troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro,
formando o trio Os Três Pinguins. No início da formação, tocava triângulo e pandeiro,
passando depois a tocar sanfona. Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se
um exímio ;sanfoneiro, passando a ser conhecido em Garanhuns como ;Neném do
acordeon.
Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em
Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia e o trio, que sempre tocava na porta,
foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus
acompanhantes.
Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio
de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum tempo
depois deste encontro, em 1948, Neném do acordeon foi para Recife estudar.
Nos anos seguintes, o menino que ainda era conhecido como Neném do acordeon,
passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas,
aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da
época.
Somente em 1957, receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio
Gonzaga. Neste mesmo ano faz sua primeira gravação profissional, tocando sanfona na
música Moça de feira, com seu famoso padrinho artístico.
De 1957 a 1958, integra a primeira formação do grupo de forró Trio Nordestino, ao
lado de Miudinho e Zito Borborema, que haviam deixado o grupo que acompanhava
Gonzaga.
Depois de deixar o Trio Nordestino em 1958, continuou a se apresentar em programas
de rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco. Depois de mais dois discos
gravados, volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967, viajando pelo nordeste e
dividindo as funções de sanfoneiro e motorista. Em uma dessas viagens, naquele
mesmo ano, conhece uma cantora de forró, a pernambucana Anastácia, com quem
compôs mais de 200 canções, inclusive um de seus maiores sucessos, Eu só quero um
xodó, em uma parceria que durou onze anos.
Anastácia revelou em 2013 que se arrependeu de ter destruído 150 fitas cassete com
melodias inéditas de Dominguinhos, depois de ter sido abandonada por ele. A sua
integração ao grupo de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico
e arranjador, aproximando-se de artistas consagrados dos movimentos bossa
nova e MPB, nos anos 70 e 80. Fez trabalhos junto a músicos de renome, como Nara
Leão, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Chico
Buarque, Toquinho e Roberto Carlos.
Em decorrência de um tratamento contra um câncer de pulmão, que já durava seis
anos, Dominguinhos teve problemas relacionados a arritmia cardíaca e infecção
respiratória, que faleceu às 18h do dia 23 de julho de 2013, após sofrer complicações
infecciosas e cardíacas.
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