“Quando a doença é descoberta mais
precocemente, pode-se oferecer um
tratamento curativo, com melhores resultados,
que será guiado com base na classificação
realizada pelo médico patologista quanto ao
tipo e à agressividade do tumor. É a avaliação
anatomopatológica, entre outros fatores, que
aponta a extensão da doença, assim como
indica se a resposta à quimioterapia foi
completa, alterando o destino das pacientes no
que diz respeito a tratamento”, explica o
médico patologista da Sociedade Brasileira de
Patologia (SBP), Leonardo Lordello.
Com o objetivo de identificar e difundir para o
público as melhores estratégias para que a
doença seja descoberta rapidamente, a SBP se
une à World Ovarian Cancer Coalition –
movimento global de conscientização sobre a
doença. Criada em 2013, a organização reúne
atualmente mais de 140 integrantes.
Alertas do corpo
Diferentemente do que ocorre com os exames
de Papanicolau, mamografia e colonoscopia,
que funcionam como métodos de
rastreamento, respectivamente, do câncer de
colo do útero, mama e colorretal, com o câncer
de ovário não há uma metodologia eficaz.
“Houve tentativas com o marcador CA125 ou
exames de imagem, mas os estudos mostraram
que oferecer essas avaliações para população
assintomática não resultou em redução de
mortalidade”, explica Lordello.
Outro complicador é o fato de que os sintomas
que podem alertar para o surgimento de
tumores de ovário também são comumente
associados a outras doenças. Embora esses
sinais de alerta sejam inespecíficos, a atenção a
eles pode ser um caminho para o diagnóstico
mais precoce. Os principais são aumento do
abdômen, dificuldade para se alimentar, dor na
região pélvica e/ou abdominal, sangramento
vaginal anormal (principalmente pós-
menopausa), mudança no hábito intestinal,
fadiga extrema e perda de peso.
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