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SAÚDE EM FOCO

Dia Mundial do AVC serve de alerta à população

Segunda principal causa de mortes no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) foi lembrado
no último dia 20/10, data especial, que serve de alerta à população. O Dia Mundial do AVC
chamou atenção para a quantidade de pessoas que o derrame, como é mais comumente
chamado, acomete e também para os efeitos incapacitantes que pode provocar, motivo por
que a campanha busca incentivar a adoção de comportamentos preventivos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente em 2017 foram registradas 101,1 mil
mortes decorrentes da doença. Em levantamento encaminhado à Agência Brasil, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC) destaca que, entre 1º de janeiro deste ano até o dia 16 de
outubro, 78.649 pacientes com AVC foram a óbito.
Os números se distinguem pouco da soma do ano passado, de 79.984 casos. Desse total
apurado pela entidade, 50.201 ocorreram durante os sete primeiros meses da pandemia de
covid-19, patamar que se assemelha ao registrado no mesmo período em 2019, de 60.400
ocorrências.
Conforme destaca a SBC, a queda de 16,8% se explica porque muitas pessoas acabaram
morrendo em casa, durante a crise sanitária, o que impediu que os profissionais de saúde
identificassem as verdadeiras causas de falecimento. Os grupos entre os quais mais se
confirmaram óbitos por AVC foram homens com idade entre 70 e 79 anos e mulheres com
idade entre 80 e 89 anos.
Em seguida, aparecem homens na faixa de 80 a 89 anos e mulheres de 70 a 79 anos, todos
dados que demonstram que a idade é um fator que influencia nas chances de se desenvolver o
quadro. Como para outras doenças cardiovasculares, há fatores de risco que podem ser
controlados e, portanto, reduzir a vulnerabilidade a elas, como o sedentarismo, o tabagismo e
o uso abusivo de álcool. A apneia do sono, por sua vez, pode aumentar em 3,7% as chances de
uma pessoa desenvolver tais enfermidades.
Complementando informações da SBC, a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares
(SBDCV) pontua que cerca de 70% das pessoas acometidas por AVC não conseguem ter
condições de retomar as atividades profissionais, em decorrência das sequelas que o quadro
deixa e que metade dos pacientes perde autonomia e acaba precisando de cuidadores e para
realizar tarefas diárias.
A SBDCV sublinha, ainda, que, embora o AVC atinja mais frequentemente indivíduos com idade
acima de 60 anos, tem crescido entre jovens e pode, inclusive, afetar crianças. O AVC é a
formação de um déficit neurológico súbito, causado por uma falha nos vasos sanguíneos do
sistema nervoso central. Pode ser dividido em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico.
O primeiro, que responde a 85% dos casos, deriva da obstrução ou redução brusca do fluxo
sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu território
vascular. Já o hemorrágico tem origem em uma ruptura espontânea de um vaso, que pode ser
um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior do cérebro (hemorragia

intracerebral), o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou o espaço
subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).
Sintomas
Os principais sintomas do AVC são: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna,
confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e
intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o
ideal é que seja atendido o mais rápido possível.

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